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Nova Iorque, 11 mai (Lusa) - As Nações Unidas não receberam qualquer "pedido formal" para que seja investigada a operação das forças norte-americanas que resultou na morte do líder da Al-Qaida, Usama bin Laden, disse hoje um porta-voz da organização.
"Não recebemos qualquer pedido formal", afirmou hoje o porta-voz Farhan Haq, questionado sobre uma carta dos filhos de bin Laden divulgada hoje no New York Times.
Na carta, Omar bin Laden e outros filhos do líder da Al-Qaida, que no passado haviam condenado os atos terroristas reivindicados pela organização liderada pelo pai, questionam a legalidade da operação norte-americana, condenando a "execução de mulheres e de um homem desarmado", sem detenção ou julgamento.
Os irmãos dão 30 dias para que as suas questões sejam respondidas, admitindo então recorrer a outras instâncias, como o Tribunal Penal Internacional ou o Tribunal Internacional de Justiça.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou hoje sentir-se "aliviado" por "se ter feito justiça com este inspirador do terrorismo".
"Devemos entender que toda a operação se realizou em condições muito difíceis e complicadas", acrescentou, referindo-se às críticas que a operação suscitou por não ter levado à captura de Bin Laden para que fosse julgado.
Na semana passada, a Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, pediu a "divulgação completa dos factos precisos" sobre as circunstâncias da operação.
"Penso que não só os meus serviços, mas todos têm o direito de saber exatamente o que se passou", disse a alguns jornalistas durante uma visita a Oslo.
Para Pillay, se "as Nações Unidas condenam o terrorismo (...), também têm regras elementares sobre o modo como as atividades de contra-terrorismo devem ser conduzidas".
"Isso deve ser feito de acordo com as leis internacionais", disse, sublinhando que estas leis não autorizam, por exemplo, "a tortura ou as execuções extra-judiciais".
Na véspera, o procurador-geral norte-americano, Eric Holder, assegurou ao Senado que a operação das forças especiais norte-americanas no Paquistão foi "completamente legal" e resulta de um "ato de legítima defesa" dos Estados Unidos.
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