terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cabo Verde: “QUERO CONTINUAR A SER ÚTIL”, afirma candidato Manuel Inocêncio Sousa




José Sousa Dias, da Agência Lusa

Cidade da Praia, 02 ago (Lusa) -- Manuel Inocêncio Sousa resume numa só frase a motivação: "quero continuar a ser útil a Cabo Verde". E garante ser o único dos quatro candidatos às presidenciais de 07 de agosto que assegurará a estabilidade política e social.

Ministro desde 2001 até março último nos sucessivos governos de José Maria Neves, tornando-se ministro de Estado nos últimos anos, Inocêncio Sousa assegura, em entrevista à Agência Lusa, que a sua experiência governativa ajudará ao processo de desenvolvimento de Cabo Verde.

"O que pretendo é continuar a ser útil a Cabo Verde, trazer mais uma vez o meu contributo para o processo de afirmação e desenvolvimento do país. É a única e verdadeira motivação da minha candidatura", afirma, sublinhando que, se for eleito, irá exercer uma "presidência de ação".

Além das funções institucionais, como a garantia do cumprimento da Constituição e a regulação e arbitragem do sistema político, Inocêncio Sousa sublinha que pretende ser um Presidente "muito envolvido" nas questões do desenvolvimento, de forma a garantir o sucesso da governação.

Apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder desde 2001), o candidato garante que nunca será "uma força de bloqueio" à governação, mas garante que estará "muito atento" a qualquer "deslize", quer do executivo, quer do Parlamento.

"Em qualquer circunstância, penso que um Presidente nunca deverá ser uma força do bloqueio, antes pelo contrário. Como líder da Nação, tem obrigação de trabalhar para trazer o seu próprio contributo para que a Nação progrida, se realize e consiga resolver os seus problemas. É esse o Presidente que vou ser", assume.

"Vou cooperar com o Governo, claramente. Essa cooperação, trazendo o meu contributo para o sucesso da Nação, significa em qualquer iniciativa vinda do Governo ou do Parlamento que fira a Constituição eu esteja lá para defender os interesses nacionais", diz.

Defendendo que a estabilidade passa pela manutenção de um chefe de Estado da mesma cor política do executivo, Inocêncio Sousa sustenta que tal permitirá que, quem governa, possa estar "concentrado e focalizado" na governação e "não esteja a desperdiçar energias nas pequenas e grandes crises".

Escusando-se a falar sobre as restantes três candidaturas, Inocêncio Sousa não quis comentar sobretudo a de Aristides Lima, oriunda também da família política do PAICV, e apoiada tacitamente pelo Presidente cessante, Pedro Pires.

"Conseguirei os resultados que os cidadãos decidirem. Estou a apresentar-me aos cidadãos como um Presidente com uma visão própria do exercício da presidência, que vai estar a trabalhar, atento, às aspirações dos cabo-verdianos", responde.

"O que proponho, ao fim e ao cabo, é dedicar todas as minhas energias, usar toda a minha experiência para, com uma forte vontade e motivação, contribuir para que o país se realize, que os cabo-verdianos se realizem", conclui.

*Foto em Lusa

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