sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jobim evita comentar demissão e passa os esclarecimentos para a presidente Dilma Rousseff




GL - LUSA

São Paulo, 05 ago (Lusa) - O ex-ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, não quis comentar hoje a sua saída do governo.

Segundo o jornal O Globo, ao ser abordado por jornalistas quando deixava a sua casa para fazer uma caminhada, Jobim mostrou-se magoado e disse apenas: "Não sou mais nada. Qualquer coisa, pergunte para a Dilma".

Jobim, que ocupava a pasta da Defesa desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu a sua demissão na noite de quinta-feira, após ter sido pressionado pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que não gostou das declarações do ex-ministro à revista Piauí.

Na entrevista, Jobim disse que o governo fez "trapalhadas" na discussão do projeto que prevê o fim do sigilo eterno de documentos considerados ultrassecretos.

Além disso, declarou que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, era "muito fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra chefe da Casa Civil, "nem sequer conhece Brasília".

Num outro momento polémico da entrevista, Jobim relatou um diálogo que teria tido com a presidente brasileira. Ao ser questionado por Dilma se a nomeação de José Genoino como assessor do ministério seria útil, Jobim disse ter respondido: "Presidente, quem sabe se ele pode ser útil ou não sou eu".

As declarações à Piauí foram divulgadas uma semana depois de Jobim ter dito ao jornal Folha de São Paulo que não votou em Dilma Rousseff nas últimas eleições presidenciais no Brasil, mas sim no candidato da oposição, José Serra, que é seu amigo pessoal.

Para ocupar o lugar de Jobim no Ministério da Defesa, Dilma nomeou o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

*Foto em Lusa

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