sexta-feira, 5 de agosto de 2011

JOGOS CPLP: SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE VAI ACOLHER A DÉCIMA EDIÇÃO





São Tomé e Príncipe vai organizar a décima edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) previstos para 2014, garantiu o Director-geral dos Desportos, Joaquim Dias.

O responsável defende, por isso, a necessidade dos são-tomenses "tomarem esse projecto como uma coisa da nação" e afirma que "o engajamento de todos é fundamental, principalmente dos decisores políticos".

O orçamento para a realização dos jogos oscila entre os cinco e os 10 milhões de dólares norte americanos (entre 3,5 e os sete milhões de euros aproximadamente).

"São estimativas feitas com base nas despesas efectuadas por alguns países que já realizaram estes jogos", explicou Joaquim Dias, que se manifesta convencido de que o apoio financeiro pode ser conseguido desde que as autoridades "saibam trabalhar" a cooperação a nível dos países da CPLP.

Futebol, andebol, basquetebol, ténis, voleibol e atletismo e atletismo adaptado são as modalidades previstas para os jogos da CPLP de 2014, que devem ser no mínimo cinco e seleccionadas pelo país anfitrião.

Para organizar os jogos, São Tomé conta com a assessoria dos países da comunidade com maior experiência nesse domínio, nomeadamente Portugal.

"Nós não fazemos ideia sobre o que é organizar um evento desportivo, são questões em que nós não temos experiencia e portanto vamos ter de contar com as ajudas dos países da CPLP que estão disponíveis", explicou.

Portugal disponibilizou-se a receber alguns técnicos para estágios. Esses elementos vão integrar as comissões portuguesas que preparam os jogos de 2012, a fim de aprenderem como se organizam as competições.

Era suposto São Tomé organizar os nonos jogos, em 2012, tendo a organização do evento passado para Portugal.

Joaquim Dias justifica o falhanço do evento por havido "diferentes ministros, diferentes primeiros-ministros" desde que o compromisso foi assumido, lamentando a falta de "continuidade das políticas governamentais" no seu país.

Reconhecendo a falta de infra-estruturas para a realização das modalidades desportivas, o director dos desportos reiterou a necessidade de melhorar os existentes.

"Uns melhorando, outros construindo de raiz, mas acho que até 2014, se decidirmos que vamos fazê-lo, vamos conseguir", frisou.

O responsável considerou os jogos como sendo "o maior evento jamais realizado em São Tomé e Príncipe", classificando-os como "um desafio" que as autoridades devem concretizar.

"O desporto que é um factor de união, que mobiliza toda a população (...) por ser evento desportivo internacional, temos que conseguir, pese os custos que ele venha a custar para São Tomé e Príncipe", concluiu.

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