TSF – ontem às 22:30
No arranque simbólico da greve geral, o secretário-geral da CGTP afirmou que se os trabalhadores não prostestassem ainda estariamos no tempo da escravatura.
Carvalho da Silva e João Proença marcaram já esta noite o início simbólico da greve geral desta quinta-feira. Ambos passaram pelo aeroporto da Portela, onde esta noite à semelhança dos outros aeroportos do país já se fazem sentir os efeitos da paralisação.
O secretário-geral da CGTP voltou a sublinhar as legitimas motivações e a oportunidade do protesto.
«Se os trabalhadores ao longo da história estivessem à espera que os que estão no poder dissessem que a greve era oportuna, nunca se tinha feito uma greve. Aliás, se estivessem à espera que os patrões viessem publica e colectivamente afirmar que já estavam em condições de melhorar os salários nunca tinhamos saído da miséria, não havia se quer o conceito de salário e o trabalho era quando muito retribuído por subsídio de subsistência como no tempo da escravatura», declarou Carvalho da Silva.
João Proença sublinhou que se se chegou até aqui é porque o que tem acontecido na concertação social é um diálogo de surdos, esperando por isso que depois da greve o Governo mude de atitude.
«A UGT não quer a greve pela greve, quer a greve para a mudança de políticas e para criar um clima de diálogo e de compromisso. Diálogo na negociação colectiva (trabalhadores/ empregadores) mas também tripartido com a concertação social», referiu.
«Mas até agora, a concertação social tem sido um diálogo de surdo, ou seja, tem assumido apenas um carácter consultivo em que o Governo ouve o que pensam os parceiros sociais e não tenta fazer qualquer compromisso tripartido (Governo/ trabalhadores/ empregadores)», sublinhou João Proença.
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