Estudantes fazem resgates históricos do período da ditadura para mostrar a importância da comissão da verdade |
Correio do Brasil, com agências
Organizado pelo Levante Popular da Juventude, o apoio à Comissão da Verdade se transformou em um ato que mobiliza centenas de manifestantes, nas últimas 24 horas, nas principais capitais do país. A onda de protestos tem o intuito de expor, publicamente, participantes diretos da violência repressiva, com atos próximos aos locais onde vivem os acusados durante a ditadura militar.
A Comissão da Verdade, aprovada e sancionada no ano passado, ficará a cargo de investigar, com acesso livre a documentos, casos de violação aos direitos humanos durante o período de 1946 a 1988. Para sair do papel, a comissão precisa agora que seus integrantes sejam escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff.
— Foi justamente por conta do processo que está se formando em torno da Comissão da Verdade que a gente decidiu fazer esse ato. Primeiro por conta de crimes pelos quais alguns militares são acusados e processados e que não são de conhecimento da população. Também queremos fazer com que a sociedade se posicione a esse respeito, por ser uma passagem sombria da nossa história e que precisa ser resgatado – ressaltou a estudante.
Para Lira Alli, estudante paulista, o importante do ato, conhecido como “escracho” e realizado originalmente na Argentina, é levantar questões do passado que não são discutidas e abordadas em sala de aula.
— A gente já vinha há algum tempo pensando em realizar ações deste tipo, inspirados, especialmente, no que a juventude de outros países da América Latina já vem fazendo, explicou Alli.
Jovens reuniram-se na manhã de segunda-feira em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre para protestar contra torturadores que participaram de ações de repressão durante a ditadura no Brasil (1964-1985).
Em São Paulo, com a participação de 200 estudantes, o alvo dos protestos foi o delegado aposentado do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), David dos Santos Araujo, que hoje tem uma empresa de segurança privada. “Capitão Lisboa”, como era conhecido à época, é acusado, por uma ação civil pública do Ministério Público Federal, de envolvimento na tortura e morte de Joaquim Alencar de Seixas.
Levante da Juventude
Depois do ‘esculacho’ organizado pelo Levante Popular da Juventude no torturador da ditadura militar David dos Santos Araújo, o Capitão “Lisboa”, os nomes das empresas que se utilizam dos serviços da sua empresa de segurança privada, a Dacala, desapareceram do site da empresa.
Em São Paulo o ato aconteceu em frente à sede da empresa na Av. Vereador José Diniz, na zona sul. No Rio de Janeiro, um grupo do Levante fez um protesto na sede da filial da empresa.
O Blog oficial do Levante publicou uma lista de alguns dos clientes da Dacala:
-Anhanguera Educacional
-Banco Itaú
-Ford
-Jac Motors
-Banco Safra
-Volkswagen
-Banco Santander
-Audi Tech
-DHl
-CSU
-Exata Logística
-Fuji
-Galvão
-Gattaz
-Jaguar
-JWT
-Kia
-Banco Itaú
-Ford
-Jac Motors
-Banco Safra
-Volkswagen
-Banco Santander
-Audi Tech
-DHl
-CSU
-Exata Logística
-Fuji
-Galvão
-Gattaz
-Jaguar
-JWT
-Kia
O Levante da Juventude está animado e avalia que o sumiço das clientes da Dacala mostra a tortura ainda envergonha muitas pessoas e que a tentativa de apagar o passado, como querem os torturadores, será frustrada. “David dos Santos Araújo, o Capitão Lisboa, é torturador, assassino e responsável por abuso sexual, em Ação Civil Pública do Ministério Público Federal”, conclui o documento distribuído pelo grupo.
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1 comentário:
Aquele terrorista e assassino italiano que conseguiu refúgio no Brasil participou também?
Isso aí teve até menos participantes do que a famigerada marcha dos maco, digo, marcha da liberdade. Esse povinho BERRA, BERRA E BERRA e o que ocorre? Nada.
E o Papa em Cuba? Que tal se falar disso?
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