segunda-feira, 9 de abril de 2012

Timor-Leste: Fundação Mahein pede às Forças de Segurança que não usem violência




Díli - A Fundação Mahein pediu aos líderes da Polícia e das Forças de Defesa para não usarem armas contra pessoas que possam criar um clima de violência durante o processo eleitoral, pois estariam a agir contra a lei.

Recentemente, o Comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Major General Lere Anan Timur, ameaçou atirar a matar qualquer cidadão que cometa actos de violência durante o período de eleição geral.

No final de Fevereiro, o Comandante-Geral da PNTL, Longuinhos Monteiro, ordenou também aos seus oficiais para dispararem contra qualquer pessoa que avistem a tentar sabotar o processo de eleições gerais, na sequência de acções de desconhecidos, que atiraram cocktails molotov aos Escritórios da Secretaria de Apoio Técnico Eleitoral (STAE).

A ONG Mahein disse lamentar o tom violento destes comentários, alegando que serve apenas para acentuar as tensões e aumentar o trauma e o medo entre a população.

«Isso também serve como uma barreira para os cidadãos comuns participarem no processo democrático de escolha do novo Chefe de Estado do nosso país», afirmou a fundação.

«A Fundação Mahein (FM) gostaria de lembrar aos comandantes de ambas as Forças de Segurança acerca dos direitos dos cidadãos consagrados nas leis e Constituição da RDTL. O papel da F-FDTL e PNTL é proteger e servir a comunidade e defender o Estado de Direito. Temos um sistema de justiça e as nossas Forças de Segurança não podem tomar a lei nas suas próprias mãos, aplicando um regime de atirar primeiro e perguntar depois».

«A FM chama ambas as entidades a ajustarem-se com as comunidades, em vez de usarem retórica violenta. A forma tradicional de diálogo timorense, Nahe biti Boot, poderia ser utilizada como um modelo, tanto para a F-FDTL como para a PNTL. O seu papel é manter a ordem e a segurança no respeito pelo Estado de Direito. A FM apela, mais uma vez, a uma maior integração das operações durante este período eleitoral».

«Os Comandantes de ambas as Forças de Seguranlça podem usar as suas posições de influência para chamarem a atenção dos políticos, no sentido de orientarem os seus militantes, de modo a ser criada uma solução pacífica no processo democrático. Timor-Leste é uma nação pequena mas conhecida internacionalmente. A FM espera que o país dê o exemplo a outras nações que estiveram em conflito», disse a ONG.
 
 
(c) PNN Portuguese News Network

2 comentários:

Anónimo disse...

Senhores da fundação Mahein,não há nahe bite para os bandidos que tentam por todos os meios desestabilizar a vida da nação.O que os senhores da fundação deveriam fazer,desde já,é sensibilizar e educar os vossos militantes da fretilin,a respeitar a democrácia,o voto livre de qualquer cidadão e aceitar o resultado final das eleições.Concordo com as decisões do comissário Longuimhos e do comandante Lere.

Anónimo disse...

“O que os senhores da fundação deveriam fazer, desde já,é sensibilizar e educar os vossos militantes da fretilin, a respeitar a democrácia, o voto livre de qualquer cidadão e aceitar o resultado final das eleições.”

Que mesquinhês anónimo! Deve ter um míolo mais pequeno do que o de uma galinha! Assume-se de que os deitaram molotoves são militantes de partido de quem este individuo não milita e que tem um ódio que pelas veias e que sustenta o seu pensamento. Este sangue envenenado do seu ódio acabou por ocultar uma ideia que começou bem mas acabou por dar um tiro entre as próprias pernas.

A estabilidade do país depende de todos. No entanto não é apenas com a força das armas que estabiliza o país. Em Timor-Leste o Brigadeiro e Comandante Geral das PNTL conhecem bem os muturabos que outrora andaram a queimar as casas dos líderes da FRETILIN e mais danos que passaram por Dili.

Veja lá se engrandece e enriquece os seus míolos e fazer disso uma melhor contribuição para o bem do país sem ter que apontar o dedo que toda a gente sabe. Em outras palavras, está apontar o dedo deformado, isto é virado para si.

Viva Timor-Leste!
Não a força das armas!

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