quarta-feira, 30 de maio de 2012

Portugal: CRESCE A VIOLÊNCIA GRATUITA DA PSP E A PGR O QUE FAZ?




No artigo da postagem que se segue à deste título já estão as considerações adequadas a determinadas atuações da PSP e o vídeo ali publicado é verdadeiramente repugnante pela violência gratuita, estúpida, de uma mole exagerada de agentes que deviam andar a combater o crime em vez de se passearem num "dolce fare niente" que lhes transmite tédio e consequentes reações inapropriadas à resposta de situações que deveriam ser tratadas com sabedoria e o devido respeito pela cidadania de cada um de nós.

Mas, infelizmente, há mais a dizer desta polícia que se supunha ser de segurança pública. Retirámos exemplos de dois blogues. Comente quem quiser. Por enquanto ainda podemos. Não sabemos é se as represálias pidescas um dia não terão lugar. Pelo andar deste estado policial terrorista, afirmação baseada nestes testemunhos, talvez um dia os que divulgam verdades tenham de pagar o atrevimento. A nova PIDE anda por aí em reboliço e Passos nega... Onde andam os deputados eleitos por todos nós? O que faz a PGR em relação a esta violência policial preocupantemente em crescendo que se revela tão gratuita, cobarde e impune? (Redação PG – CT)

Mais um espancamento da PSP


Esta é a minha filha… QUE FOI BRUTALMENTE AGREDIDA PELA PSP !!

Claro que foi aberto de imediato um processo crime e ela foi hoje vista por um médico do Ministério Público que ficou literalmente aterrado com o que viu,não só em todo o corpo como na mente (pois ela agora não consegue olhar de frente para um agente da PSP nem andar de combóio), e solicitou a entrega de um TAC à garganta que mandámos fazer, numa clínica privada, pois na ida ao Hospital S.Francisco Xavier, imediatamente após a agressão, não tinham equipamento para ver os tecidos moles do pescoço onde os punhos fechados de um dos agentes fizeram pressão, estando ela contra uma parede. O TAC acusou os danos.

Estava a viajar num comboio de Lisboa para a área de residência e saíu na estação perto de casa onde estavam 10 agentes que se juntaram aos 3 que vinham no comboio e onde tiveram problemas com um grupo de jovens que saíram 2 estações antes dela. Ela até vinha a dormitar. Saiu na sua estação e um conhecido que vinha com ela começou a ser de imediato agredido pelos agentes na gare.

Quando ela gritou a pedir para pararem de bater no jovem foi imobilizada e arrastada pela estação. Foi atirada de cabeça contra as cancelas de passagem dos passageiros tendo caído. O agente que a agrediu levantou-a pelos cabelos e arrastou-a pelos braços para dentro da esquadra localizada nas imediações da estação, onde a levou para uma área vazia a atirou contra uma parede e lhe espremeu o pescoço com os punhos fechados.

Não foi feito qualquer auto. Ela conseguiu telefonar-nos do telemóvel a pedir socorro porque foi espancada e estrangulada. O agente a quem ela passou o telefone disse não saber o que se passava ou o que o colega tinha feito (com a minha filha a gritar em background que era ele que a tinha espancado) mas que ela seria de imediato libertada pois não havia qualquer problema com ela.

Vamos amanhã a uma consulta da APAV para receber acompanhamento e formação sobre segurança pois parece provável que hajam retaliações segundo nos foi comunicado por diferentes entidades o que nos obriga a ter cuidados redobrados….

E agora? Que devemos fazer? Aceitam-se sugestões…..

“qui custodiet custodes?”

Joao Penha-Lopes no Facebook



"Eu não quero vingança! Eu quero que se faça justiça!"


Dando continuidade ao que aqui anunciámos, passo a apresentar alguns factos

O Tony tem 46 anos. Nasceu em Cabo Verde e veio para Portugal em 1991. É motorista de pesados. Não tem cadastro.

Embora de fraca qualidade (imagem), o som permite ouvir a revolta dos muitos vizinhos que, aos gritos, exigiam que os agentes (fardados e à paisana) parassem com as agressões ao Tony. Tudo aconteceu na noite de 25 para 26 de Maio, por volta da uma hora da manhã. O Tony estava à espera que a companheira acabasse de limpar o café para seguirem ambos para casa. Como era costume… naquela noite os hábitos desta família foram brutalmente interrompidos e as liberdades, direitos e garantias destes cidadãos foram atirados para a sarjeta

Os agentes da PSP chegaram e, pouco depois, passaram à acção. As agressões começaram logo ali, à porta do café. Primeiro o gás pimenta nos olhos para que a cegueira impedisse qualquer resistência. Das janelas dos prédios em redor, os vizinhos gritavam em desespero. Há mais testemunhas, para além dos vizinhos, que estão dispostas a acompanhar o Tony nesta luta.

Da porta do café, a violência foi transferida para a Esquadra da PSP de Santa Marta de Corroios.

O gás pimenta foi uma constante. O Tony, que já chegou à Esquadra inconsciente, demorou a recuperar os sentidos. Deitaram-lhe água nos ouvidos. Repetidamente. Por volta das 5h30 os Bombeiros do Seixal foram chamados e transportaram o Tony para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Saiu ao meio-dia. Líquido nos pulmões. Hematomas por todo o corpo. Costelas partidas.Tudo isto vai passar. A dor que transmite com o olhar não.

Ao contrário de muitos outros, o Tony não está sozinho. O caso será levado até às últimas instâncias. Ao sair do Hospital Garcia de Orta, em Almada, o Tony disse a um amigo: «Eu não quero vingança! Eu quero que se faça justiça!»

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