terça-feira, 12 de junho de 2012

Guiné-Bissau: Presidente de transição no Senegal para agradecer e pedir apoio



FP - Lusa

Bissau, 12 jun (Lusa) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, iniciou hoje de manhã uma visita de um dia ao Senegal, para agradecer o apoio de Dacar ao país, mas também procurar apoios para cumprir o período de transição.

A visita ao Senegal é a primeira de Serifo Nhamadjo, designado Presidente de transição a 10 de maio passado, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril. O Presidente viajou para Dacar num avião posto à disposição pelo Senegal.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto, na altura de partir, Serifo Nhamadjo disse que vai procurar apoio do Senegal para um maior comprometimento da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) na transição da Guiné-Bissau, um país que, frisou, não está isolado do resto do mundo.

"Não sei o isolamento que temos, mas não nos sentimos isolados, estamos no concerto das Nações, há mal entendidos, é evidente, mas sou da opinião de que quando há problemas só há uma única via: é resolvê-los, não continuar com problemas", disse Serifo Nhamadjo, que acrescentou sentir-se "confortado" por ter a CEDEAO, a União Africana e as Nações Unidas, porque caso contrário não estaria a falar "em nome do país".

Serifo Nhamadjo encontra-se hoje com o Presidente do Senegal, Macky Sall, a quem vai agradecer o apoio e com quem vai partilhar "as preocupações da transição".

Depois de "organizar a casa" é agora o momento "de sair e agradecer àqueles que na primeira hora souberam interpretar os acontecimentos e tentaram arranjar uma solução político-militar", disse.

E, além dos agradecimentos, leva a preocupação "em acelerar o processo de transição".

"Porque achamos que o período estipulado deve de ser cumprido, mas para ser cumprido tem de haver a colaboração de todos", disse, acrescentando: "não há nada como ter apoio moral e material para uma situação como a nossa".

Serifo Nhamadjo disse que deverá fazer outras visitas, a outros países, depois da de hoje ao Senegal.

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