segunda-feira, 9 de julho de 2012

Guiné-Bissau: SENEGAL MANIFESTA APOIO E ACREDITA EM ESTABILIZAÇÃO



FP - Lusa

Bissau, 09 jul (Lusa) - O Senegal manifestou hoje "todo o apoio" à Guiné-Bissau e a convicção de que o país "pode sair do longo período de convulsões", afirmou um conselheiro do Presidente senegalês.

Amato Dansoko falava hoje aos jornalistas em Bissau após uma reunião com o Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, no poder na sequência do golpe de Estado de 12 de abril, que afastou o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

O Presidente do Senegal, Macky Sall, tem demonstrado com frequência a sua preocupação para com a situação na Guiné-Bissau, como ainda recentemente na cimeira de chefes de Estado e de governo da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) em Yamoussoukro, na Costa do Marfim (final de junho), disse Amato Dansoko.

"O Presidente interino tem todo o seu apoio e (Macky Sall) está convencido de que há uma possibilidade real para a Guiné-Bissau sair deste longo período de convulsões sucessivas", adiantou Dansoko.

"Renovamos o que temos dito, uma cooperação forte entre a Guiné-Bissau e o Senegal é uma solução para o problema interno da Guiné-Bissau mas também para o problema grave do Senegal, a tragédia da guerra em Casamança" (região junto à fronteira norte com a Guiné-Bissau, onde o grupo rebelde MFDC reivindica a independência).

Bastonário dos advogados apoia golpe Estado "desde que traga liberdade, fraternidade e democracia"

Bissau, 09 jul (Lusa) - O bastonário da Ordem dos Advogados guineense, Domingos Quadé, diz que apoia o golpe de Estado de 12 de abril passado, desde que o levantamento militar traga mais liberdade, fraternidade e democracia ao país.

"Se o 12 de abril vem nesta senda, não tenham ilusões: o bastonário apoia. E, se não, obviamente que (o bastonário) não pode rever-se nisso, porquanto foi mais uma violência no país", referiu hoje à Lusa Domingos Quadé, repetindo o que já tinha dito na entrega de carteiras profissionais a novos advogados.

"Na verdade, nem sempre uma mudança violenta é absolutamente condenável, sobretudo quando nela é poupada ao máximo a vida humana, enquanto bem inalienável" defendeu, considerando que o importante é impedir que passado algum tempo (do golpe) as pessoas sintam falta do que lhes foi tirado por "força ilegal".

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