quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Angola: UNITA AMEAÇA IMPEDIR ELEIÇÕES, CHIVUKUVUKU QUER DEBATE COM JES




UNITA ameaça mobilizar povo angolano para impedir realização de eleições à margem da lei

01 de Agosto de 2012, 12:44

Luanda, 01 ago (Lusa) - A UNITA ameaçou hoje em Luanda que "utilizará todos os meios legais e pacíficos" para "mobilizar o povo angolano" e "impedir que se realize no dia 31 de agosto uma eleição que não respeita a lei".

A ameaça foi feita em conferência de imprensa pelo presidente do maior partido da oposição, Isaías Samakuva, que deu o prazo de duas semanas para a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) respeitar a legislação eleitoral aprovada pelo parlamento.

Em causa está a falta de equipamentos que permitam aos presidentes das assembleias de voto transmitir, no final da votação, os resultados para o Centro de Escrutínio, a distribuição, no local, de cópias das atas de voto aos delegados das formações políticas concorrentes e a realização de uma auditoria "séria e independente" ao sistema e equipamentos centrais de escrutínio.

Abel Chivukuvuku desafia Eduardo dos Santos para debate "olhos no olhos"

01 de Agosto de 2012, 13:18

Luanda, 01 ago (Lusa) - O líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Chivukuvuku, convidou o candidato do MPLA, José Eduardo dos Santos, para debater publicamente os programas de governação, para as eleições de 31 de agosto.

O convite foi feito durante o lançamento da campanha eleitoral desta coligação, que teve lugar terça-feira em Luanda, numa cerimónia em que estiveram presentes militantes e simpatizantes desta força política, além de membros do corpo diplomático e convidados.

Na sessão, perante centenas de pessoas que lotaram o Cine Tropical, Abel Chivukuvuku defendeu que "nas campanhas eleitorais os cidadãos precisam tomar conhecimento da visão, dos programas e da credibilidade dos candidatos aos vários cargos, para que as opções sejam tomadas em consciência e com conhecimento de causa".

"Assim, com o devido respeito e consideração, convido o candidato José Eduardo dos Santos a debatermos publicamente, abertamente, olhos nos olhos, as diferentes visões e programas que cada um de nós tem para Angola e assim contribuirmos positivamente para o fortalecimento da nossa democracia", desafiou Chivukuvuku.

Este é o segundo convite que José Eduardo dos Santos recebe para um debate público na campanha eleitoral, que termina no dia 29 de Agosto.

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, também na abertura da campanha deste partido, que é a maior força política da oposição em Angola, lançou o mesmo desafio.

"Apelo aos órgãos de comunicação social públicos, para assumirem um papel patriótico e histórico, estruturando e organizando estes debates entre os candidatos a Presidente da República e entre os candidatos a vice-Presidente da República. Certamente, sairia Angola a ganhar e teríamos dado um passo exemplar para o fortalecimento da democracia angolana", sublinhou o líder da CASA.

No seu discurso de 11 páginas, Abel Chivukuvuku, ex-dirigente da UNITA, acusou o partido no poder, MPLA, de estar a fazer uso do Orçamento Geral do Estado na "tentativa ilegal e imoral, de compra descarada do voto".

"Face à iminência do desastre eleitoral, que não conseguirá evitar, o candidato José Eduardo dos Santos recentemente ordenou à sua máquina partidária para publicamente orquestrar uma distribuição massiva de viaturas aos mais variados segmentos do eleitorado, incluindo a função pública, as forças castrenses, o clero de várias confissões religiosas cristãs e tantos outros. Viaturas cujo valor não consta de nenhuma rubrica do Orçamento Geral do Estado", denunciou.

O político reafirmou na sua intervenção o compromisso daquela coligação, com quatro meses de existência, de "tudo fazer para a mudança positiva, ordeira e responsável por tantos almejada, passe de sonho a realidade palpável neste histórico ano".

"Partamos para esta campanha eleitoral com a certeza inabalável de que Angola terá neste ano de 2012 um novo Governo, um Governo de natureza patriótica, que resultará da livre escolha dos angolanos nas eleições que se aproximam", apelou.

NME.

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