quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Angola/Eleições2012: MPLA PROCURA TERCEIRA VITÓRIA ELEITORAL




Luanda - O MPLA, no poder em Angola, vai tentar a sua terceira vitória consecutiva nas urnas, sobretudo manter a maioria absoluta conseguida em 2008, para prosseguir o seu programa de desenvolvimento socioeconómico do país.

Fundado em 10 de Dezembro de 1956, quando um grupo de patriotas angolanos deu a conhecer o Manifesto do amplo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), apelando para a constituição, em todo o país, de muitas organizações independentes, de modo a poderem resistir melhor e iludir a vigilância das forças coloniais de repressão ocupantes.

Nessa linha de actuação, já se haviam criado o PLUAA – Partido de Luta Unida dos Africanos de Angola, o MIA (Movimento para a Independência de Angola), o MINA (Movimento pela Independência Nacional de Angola) e o PCA (embrião do efémero Partido Comunista de Angola), que, fundidos, deram origem ao MPLA, que, rapidamente, galvanizou o povo para a luta contra o colonialismo, transformando-se no instrumento decisivo para a satisfação das aspirações de independência, de paz e de progresso social.

Para a constituição do MPLA contribuíram patriotas e nacionalistas representantes de todos estratos sociais, grupos etno-linguísticos, credos religiosos e de todas as raças e regiões de Angola.

Uma profunda análise da história do movimento de libertação nacional em Angola torna absolutamente inquestionável a liderança assumida pelo MPLA, na organização e condução dos esforços do povo angolano pela sua libertação.

Assim se explica o heroísmo dos combatentes do 4 de Fevereiro de 1961 e o estoicismo dos combatentes dos 14 anos de luta pela independência, liderados pelo MPLA.

Com a proclamação da Independência Nacional pelo MPLA, pelo presidente Agostinho Neto, em 11 de Novembro de 1975, foi posto fim ao colonialismo português.

Iniciou-se, então, o processo de reconstrução do país para a satisfação dos interesses e necessidades básicas do povo angolano. Esse esforço foi condicionado pela guerra que assolou o país, imposta a partir de dentro e de fora.

Apesar da guerra, o povo angolano, liderado pelo MPLA, defendeu a independência e a soberania nacional, a integridade e a indivisibilidade do solo pátrio.

As mudanças operadas no Mundo, particularmente na década de 1980, encontraram o MPLA já sob a liderança do presidente José Eduardo dos Santos, a dirigir um processo de profundas alterações políticas, económicas e sociais, que marcaram, sobremaneira, o desenvolvimento do sistema político angolano.

Com efeito, desde 1983, o MPLA iniciara um diagnóstico profundo à organização económica e social de Angola e identificou as bases essenciais em que se deveriam assentar as reformas nesse domínio, nomeadamente as estabelecidas no Programa de Saneamento Económico e Financeiro (SEF), tendo-as aprovado na sua 1ª Conferência Nacional, realizada de 14 a 19 de Janeiro de 1985, em Luanda.

O 2º Congresso do MPLA, realizado em Dezembro de 1985, em Luanda, adoptou as grandes linhas de orientação, que imprimiram reformas sensíveis nos métodos e nas formas de direcção da economia e abriram caminho à consagração do Multipartidarismo, o que veio a efectivar-se em Março de 1991.

Em 1992 tiveram lugar as primeiras eleições legislativas, que permitiram o apuramento de 12 partidos, dos 18 concorrentes - com o MPLA a conquistar dois milhões, 124 mil e 126 votos (53, 74%), tendo direito a 129 assentos parlamentares (129).

Entretanto, a dimensão, o alcance e as perspectivas das reformas empreendidas pelo MPLA encontraram sérios obstáculos, por causa da guerra pós-eleitoral (Setembro de 1992/Abril de 2002), que atingiu índices de destruição sem precedentes na história de Angola.

A mais este grande obstáculo, o MPLA reagiu, traçando, no seu 4º Congresso (Luanda, 05 a 10 de Dezembro de 1998), a Estratégia Global para a Saída da Crise Político-Militar e Económico-Social, culminando com o alcance da paz definitiva, a quatro de Abril de 2002.

Terminada a guerra, o MPLA está empenhado na construção de uma sociedade abrangente, que enalteça o orgulho nacional e a auto-estima dos angolanos, que transforme Angola num país próspero, em que seja erradicada a fome e a miséria, com uma governação eficiente e um Estado forte, democrático e moderno, com um elevado nível de desenvolvimento científico e técnico-cultural, proporcionando ao povo angolano os mais altos padrões de vida e de bem-estar social.

Foi neste quadro que, em 2008, tiveram lugar as segundas eleições legislativas ganhas pelo MPLA com cerca de quatro milhões, 414 mil e 738 votos (81.64), correspondendo a 191 lugares do Parlamento, mais 62 em relação a 1992.

Ao entrar para as eleições de 2012, tendo como cabeça de lista o presidente José Eduardo dos Santos, o MPLA prepara as suas estruturas, as mentes e corações dos milhares de militantes, simpatizantes, amigos e do Povo Angolano, em geral, para os grandes desafios plasmados do seu programa de Governo para 2012-2017 e o manifesto eleitoral.

Erradicar para sempre a guerra e os seus vestígios, quer ao nível das mentalidades, quer no domínio do tecido infraestrutural do país e consagrar os esforços principais à união dos angolanos num amplo consenso com vista à Reconciliação Nacional e ao engrandecimento Nação, é um destes desafios.

O programa passa ainda pela eliminação da pobreza e a miséria da convivência dos angolanos, de forma a criar as condições para que, cada angolano, com o seu trabalho, seja capaz de ter acesso, em igualdade de circunstâncias, aos meios que lhe permitam desenvolver plenamente as suas capacidades.

Trabalhar no sentido de assegurar o acesso de todos os angolanos à educação e à saúde figura entre os principais objectivos da organização.

Liderado por José Eduardo dos Santos, na sua estrutura o partido possui um Bureau Político, composto por 46 membros e um Comité Central, integrado por 311 quadros.

Seguem-se os comités provinciais, municipais, comunais e de acção. Para garantir a execução das suas políticas, o MPLA criou os comités de especialidade que congregam profissionais de diversos ramos. Conta com organizações da juventude (JMPLA) e das mulheres (OMA).

Sem comentários:

Mais lidas da semana