domingo, 5 de agosto de 2012

Guiné-Bissau: GOVERNO DOS GOLPISTAS NÃO PÁRA, NÃO ESCUTA, NEM OLHA




Ministro das Finanças de transição pede regresso das instituições internacionais

03 de Agosto de 2012, 17:10

Bissau, 03 ago (Lusa) - O ministro das Finanças do Governo de transição da Guiné-Bissau apelou às instituições financeiras internacionais e União Europeia para que voltem a cooperar com o país, como forma de ajudar a aliviar a pobreza da população.

Abubacar Demba Dahaba fez este apelo à saída de uma reunião, realizada na quinta-feira ao fim da tarde em Bissau, entre elementos do Governo de transição e os parceiros internacionais do desenvolvimento do país, para explicar os passos já dados pelo executivo e quais as perspetivas em curso.

Em declarações hoje reproduzidas nos órgãos de comunicação social guineeenses, o ministro das Finanças guineense afirmou que, apesar de a Guiné-Bissau ter conhecido um golpe de Estado (a 12 de abril passado), as novas autoridades entendem que os projetos que estavam em curso, com o apoio da comunidade internacional, não deveriam ser interrompidos.

Sindicatos pedem controlo de preços de bens essenciais

03 de Agosto de 2012, 19:10

Bissau, 03 ago (Lusa) - A Confederação dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau quer propor ao Governo de transição que os preços dos produtos da primeira necessidade passem a ser controlados como forma de "combater especulações".

Filomeno Cabral anunciou esta pretensão no seu discurso dirigido aos trabalhadores guineenses, no âmbito das celebrações oficiais do 53.º aniversário do massacre de Pindjiguti.

A efeméride, feriado nacional no país, assinala o massacre de duas dezenas de trabalhadores guineenses no dia 03 de agosto de 1959 pelas tropas coloniais portuguesa em resposta à reivindicação de melhorias salariais.

Para o presidente do Confederação dos Sindicatos Independentes, o trabalhador guineense "sofre amarguras nos dias de hoje tal como sofreu há 53 anos", pelo que, frisou, o Governo devia tomar medidas.

"A situação do trabalhador guineense complica-se a cada dia que passa. Além de um magro salário, há um aumento galopante dos produtos da primeira necessidade e ainda dos materiais escolares para as crianças", afirmou Filomeno Cabral.

"Proporemos ao Governo a criação de uma comissão de revisão dos produtos da primeira necessidade, como se faz com os combustíveis. Essa comissão trabalharia de três em três meses para fixação dos preços dos produtos de primeira necessidade", disse Cabral.

"Independentemente do aumento feito pelo anterior Governo no mês de janeiro, o trabalhador guineense continua a receber um salário que não corresponde à realidade", com o atual custo de vida no país, acrescentou o sindicalista.

Filomeno Cabral disse também que o Governo devia analisar as reivindicações dos sindicatos quando apelam para assistência médica e medicamentosa aos trabalhadores do Estado, para a concessão do abono da família e para a atualização das pensões de reforma.

"O salário mínimo a nível nacional tem que ser fixado. Existe um salário mínimo na função pública, mas não nos outros setores", observou Cabral.

A Guiné-Bissau é governada por um executivo de transição, nomeado após o golpe de Estado de 12 de abril, que é apenas reconhecido internacionalmente pela Comunidade Económica dos Estados da Àfrica Ocidental.

MB.

Governo de transição afasta embaixadores em Portugal, França e União Europeia

04 de Agosto de 2012, 19:15

Bissau, 04 ago (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau nomeou três novos encarregados de negócios, substituindo os responsáveis das embaixadas de Portugal, França e União Europeia.

Contactada hoje pela agência Lusa, fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros explicou que a decisão de mudança de titulares das embaixadas da Guiné-Bissau em Portugal, França e União Europeia resultou de uma concertação entre a presidência da Republica guineense e o Governo de transição.

Os novos responsáveis vão para estes países mas na qualidade de encarregados de negócios já que os países da União Europeia não reconhecem as novas autoridades guineenses saídas do golpe de Estado de 12 de abril passado.

*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG

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