domingo, 2 de setembro de 2012

Angola: Escrutínio foi "livre, transparente e democrático", MPLA é o vencedor

 


Escrutínio foi "livre, transparente e democrático" -- CPLP
 
02 de Setembro de 2012, 11:33
 
Luanda, 02 set (Lusa) - A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) classificou hoje em Luanda as eleições gerais de sexta-feira em Angola como tendo sido "livres, transparentes e democráticas".
 
O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo chefe da Missão, o antigo chefe da diplomacia moçambicana Leonardo Simão.
 
"A Missão considera que as Eleições Gerais respeitaram, na sua generalidade, os princípios e procedimentos internacionais, o que permite concluir que as mesmas foram livres, transparentes e democráticas", afirmou.
 
Próxima atualização dos resultados deve confirmar vitória do MPLA
 
02 de Setembro de 2012, 12:16
 
Luanda, 02 set (Lusa) - A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana atualiza hoje depois das 13:00 (mesma hora em Lisboa), os resultados provisórios das eleições gerais em Angola, quando o partido no poder, MPLA, está prestes a ganhar o escrutínio com maioria qualificada.
 
A última atualização dos resultados provisórios da votação de sexta-feira foi feita às 19:48 de sábado, quando estavam contados 72,56 por cento dos votos, e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) liderava com 74,14 dos votos, que deixam o partido do Governo próximo de uma maioria qualificada e José Eduardo dos Santos perto de ser eleito indiretamente para Presidente da República.
 
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) seguia em segundo lugar, com 17,8 por cento dos votos, a uma distância de mais de 2,4 milhões de votos do MPLA, quando faltavam contar 2,7 milhões de boletins.
 
O terceiro lugar pertencia à Convergência Ampla de Salvação de Angola -- Coligação eleitoral (CASA-CE), a nova coligação de Abel Chivukuvuku, com 4,67 por cento dos votos, e o Partido da Renovação Social (PRS), terceira força política na passada legislatura, quedava-se pelos 1,82 por cento e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) nos 1,04 por cento.
 
O MPLA, segundo os dados provisórios da CNE, ganhava em todas as 18 províncias do país, mas em Luanda, maior praça eleitoral angolana, apenas 37 por cento dos boletins tinham sido contados, faltando ainda escrutinar 1,8 milhões de votos.
 
Na manhã de hoje, o único diário do país, o estatal Jornal de Angola, já apresenta o partido no poder desde 1975 como o vencedor com maioria qualificada.
 
Na análise do matutino próximo do MPLA, "o grande vencedor" é o partido liderado por José Eduardo dos Santos e "a grande derrotada" é a CASA-CE, que "pagou caro por ter radicalizado o discurso na campanha e exagerado nas promessas".
 
Em reação aos primeiros resultados provisórios, o líder da nova coligação, o dissidente da UNITA Abel Chivukuvuku, disse no sábado à noite que a sua força vai comparar os dados oficiais com as atas das mesas e reserva-se o direito de não reconhecer a votação nos locais onde não conseguiu ter delegados da sua lista.
 
A UNITA, apesar de subir sete por cento em relação às legislativas de 2008, anunciou, logo no dia da votação, que vai impugnar estas eleições gerais devido às "muitas irregularidades" e tem prevista uma comunicação do seu líder, Isaías Samakuva, durante o dia de hoje.
 
As eleições gerais em Angola elegem 220 deputados, 130 pelo círculo nacional e os restantes noventa são distribuídos pelos 18 círculos provinciais (cinco cada).
 
Pela primeira vez, o Presidente da República e o vice-Presidente da República são eleitos indiretamente a partir do número um e número dois da lista mais votada.
 
HB.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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