domingo, 25 de novembro de 2012

PM da Tailândia enfrenta moção de censura, após violento protesto anti-governo

 

RTP - Lusa
 
A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, enfrentou hoje no parlamento uma moção de censura lançada pela oposição, um dia depois de violentos protestos em Banguecoque.
 
As moções, que também visam três ministros, parecem ter poucas probabilidades de ser aprovada pela atual legislatura, dominada pelo partido de Yingluck Shinawatra, o Puea Thai, e os seus parceiros de coligação.
 
"A primeira-ministra falhou em governar este país como prometeu. Ela permite a corrupção", disse o deputado Jurin Laksanavisit, do Partido Democrata (oposição) no início do debate, o qual deverá durar três dias.
 
A primeira-ministra "também permite que pessoas de fora a influenciem e controlem a sua administração", apontou, numa alusão ao irmão de Yingluck Shinawatra o antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.
 
Yingluck, que é acusada pelos seus rivais de ser uma "marioneta" do seu irmão, disse aos jornalistas, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa francesa AFP, estar "confiante" de que o seu governo saberá defender-se sozinho.
 
O debate, que deverá ser seguido de uma votação de censura na quarta-feira, ocorre um dia depois dos violentos confrontos entre a polícia e manifestantes na capital durante um protesto anti-governo.
 
A polícia recorreu ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes e deteve 138 pessoas, depois de um grupo de manifestantes ter tentado forçar irromper uma barreira perto do foco principal do protesto anti-governo com a ajuda de um camião.
 
A organização estimou em meio milhão o número de participantes, enquanto a polícia falou em cerca de 20 mil.
 
Hoje a polícia adiantou ter libertado 137 pessoas, tendo o homem que tentou quebrar a barreira sido o único a ser acusado por violar a lei de segurança interna.
 

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