RTP - Lusa
A primeira-ministra
tailandesa, Yingluck Shinawatra, enfrentou hoje no parlamento uma moção de
censura lançada pela oposição, um dia depois de violentos protestos em
Banguecoque.
As moções, que
também visam três ministros, parecem ter poucas probabilidades de ser aprovada
pela atual legislatura, dominada pelo partido de Yingluck Shinawatra, o Puea
Thai, e os seus parceiros de coligação.
"A
primeira-ministra falhou em governar este país como prometeu. Ela permite a
corrupção", disse o deputado Jurin Laksanavisit, do Partido Democrata
(oposição) no início do debate, o qual deverá durar três dias.
A primeira-ministra
"também permite que pessoas de fora a influenciem e controlem a sua
administração", apontou, numa alusão ao irmão de Yingluck Shinawatra o
antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.
Yingluck, que é
acusada pelos seus rivais de ser uma "marioneta" do seu irmão, disse
aos jornalistas, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa francesa
AFP, estar "confiante" de que o seu governo saberá defender-se
sozinho.
O debate, que
deverá ser seguido de uma votação de censura na quarta-feira, ocorre um dia
depois dos violentos confrontos entre a polícia e manifestantes na capital
durante um protesto anti-governo.
A polícia recorreu
ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes e deteve 138
pessoas, depois de um grupo de manifestantes ter tentado forçar irromper uma
barreira perto do foco principal do protesto anti-governo com a ajuda de um
camião.
A organização
estimou em meio milhão o número de participantes, enquanto a polícia falou em
cerca de 20 mil.
Hoje a polícia
adiantou ter libertado 137 pessoas, tendo o homem que tentou quebrar a barreira
sido o único a ser acusado por violar a lei de segurança interna.
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