Hugo Franco - Expresso
Um grupo de
ativistas, intitulado Rede14N, protestou esta tarde em Lisboa contra a carga
policial de quarta-feira, em frente ao Parlamento.
Apelida-se de Rede14N, numa alusão à carga policial no dia da greve geral, junto à Assembleia da República, na última quarta-feira, e reúne 17 grupos de ativistas. Este novo movimento cívico juntou-se esta tarde na praça do Comércio, em Lisboa, para protestar contra "a carga policial injustificável e indiscriminada que ocorreu nesse dia, sob ordens do Governo".
Além dos protestos
junto ao Ministério da Administração Interna, a Rede14N emitiu um comunicado,
intitulado 'Violência é a austeridade'. Os ativistas condenam a atitude das
forças de segurança e lembram que "o pânico que se seguiu podia ter
redundado numa tragédia". A própria Amnistia Internacional Portugal
"já condenou publicamente o uso excessivo de força policial",
acrescentam.
Exigem por isso
"a instauração de um inquérito à atuação das forças de segurança" bem
como "aos termos em que foram efetuadas as detenções".
Segundo os
subscritores do documento, verifica-se "uma operação política e policial
que, a pretexto de incidentes tolerados durante mais de uma hora e transmitidos
em direto pelas televisões, pretende pôr em causa o direito de manifestação,
criminalizar a contestação social, e fazer esquecer as medidas de austeridade
impostas, de extrema violência e que levam à revolta e ao desespero das
pessoas".
E terminam com um
apelo "à mobilização no dia 27 de novembro, dia de aprovação do Orçamento
do Estado".
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