terça-feira, 20 de novembro de 2012

União dos Sindicatos da Saúde de São Tomé e Príncipe ameaça com greve

 

MYB - VM - Lusa
 
São Tomé, 20 nov (Lusa) - A União dos Sindicatos da Saúde são-tomense ameaça apresentar "na próxima semana" um pré-aviso de greve caso não haja acordo com o Governo sobre o "caderno reivindicativo" para o setor, disse hoje fonte daquela organização.
 
"Nós, desta vez, estamos mais fortes, mais organizados, todos os sindicatos da saúde estão unidos e falamos todos numa só voz", advertiu Benvinda Vera Cruz, representante da União dos Sindicatos da Saúde, adiantando que os sindicalistas "não hesitarão em avançar como um pré-aviso de greve caso na próxima semana não haja uma luz sobre as negociações em curso com o governo".
 
A principal reivindicação dos médicos é a implementação da carreira da saúde. Mas a União dos Sindicatos exige também do Governo a "criação de condições de trabalho, concretamente o abastecimento dos hospitais com reagentes, medicamentos e consumíveis", entregue a 12 de novembro último, disse Benvinda Vera Cruz à Lusa.
 
Composto por quatro sindicatos, nomeadamente dos Médicos (SIMED), dos Técnicos da Saúde (SINATESA), dos Enfermeiros e Parteiras (SINEP) e dos Serviços Gerais (SINCERGERS), a União dos Sindicatos reivindica também a "reintegração dos reformados que ainda estão em condições de trabalhar" e reclama a "ausência de boas relações humanas" entre a direção do hospital e os funcionários afetos ao Ayres de Menezes.
 
Uma ronda negocial realizada na última quarta-feira com o ministro da Saúde e Assuntos Sociais, Carlos Gomes, foi inconclusiva.
 
Segundo a fonte dos sindicatos, "o ministro Carlos Gomes alegou no encontro ter acabado de assumir o cargo, pelo que ainda não dispõe de elementos suficientes" para avaliar as reivindicações dos médicos, enfermeiros, parteiras e outro pessoal de saúde.
 
"O senhor ministro prometeu levar as nossas preocupações ao Conselho de Ministros, mas alegou que irá viajar e só regressa ao país na próxima semana, por isso pediu-nos para esperar pelo seu regresso", disse Benvinda Vera Cruz.
 
Os sindicatos dizem ter constatado "diversas situações lamentáveis que apoquentam o dia a dia laboral" dos seus membros e manifestam-se desagradados com o "conteúdo da conversa" tida com o ministro das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos, no âmbito das negociações para a implementação da carreira da saúde, cujo memorando foi assinado no ano passado e colocou fim a uma paralisação dos médicos do principal hospital de São Tomé.
 

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