O exército
governamental recuperou o controlo da sede da vila de Maringué, Sofala, centro
de Moçambique, e tomou de assalto a sede da Renamo, onde estavam aquartelados
os guerrilheiros, disse esta segunda-feira à Lusa fonte militar.
"Acabámos de
ocupar a sede do partido (Renamo), em defesa da população, pois os militares da
Renamo já passeavam armados sem o mínimo de respeito" disse por telefone à
Lusa um militar do exército, falando sob anonimato.
Elementos da
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição,
controlavam a sede do distrito de Maringué há sensivelmente uma semana, após
confrontos, tendo encontrado resistência da Polícia.
O ataque da Renamo
a Maringué, o quartel-general do movimento durante a guerra civil, foi
justificado pela ofensiva do exército, na ocupação da base de Sadjundjira, onde
o líder Afonso Dhlakama, vivia há um ano, até que fugiu para um lugar incerto
na semana passada.
Para já,
desconhece-se se houve vítimas dos confrontos desta segunda-feira.
A região centro de
Moçambique tem sido palco de confrontos entre o movimento e as forças de defesa
e segurança, em “demonstração de musculatura” da guarda da Renamo, que domina a
guerrilha, e o exército, que mobilizou armamento pesado para a zona.
Moçambique vive a
pior tensão desde a assinatura do acordo geral de paz, em 1992.
AYAC // VM – Lusa –
foto António Silva
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