sábado, 18 de janeiro de 2014

UM MORTO E CINCO FERIDOS EM ATAQUE EM MOÇAMBIQUE

 


Um ataque a uma coluna de viaturas matou um militar e feriu outros cinco na região de Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, após serem "surpreendidos por um tiroteio", disseram hoje à Lusa várias fontes.
 
Em declarações à Lusa, José Luís, pároco de Muxúnguè, citando um padre que viajava na escolta militar para Save, disse que a coluna foi atacada a 20 quilómetros de Muxúnguè, incidindo contra a "viatura de avanço do exército", na qual foram registadas as baixas.
 
"Hoje outro ataque fez um morto e cinco feridos, todos militares. Um padre que estava a viajar na referida coluna confirmou o ataque que ocorreu a menos de 20 quilómetros de Muxúnguè", disse José Luís, por telefone, à Lusa.
 
Uma fonte médica confirmou a entrada das vítimas de ataques no hospital rural de Muxúnguè, para onde é encaminhada a maioria das vítimas de confrontos na região.
 
Na quarta-feira, um ataque, atribuído a homens armados ligados à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, fez três mortos e feriu com gravidade cinco civis, incluindo dois jogadores do clube de Chibuto (Gaza, sul), equipa a ser treinada pelo português João Eusébio.
 
Um autocarro de passageiros da empresa Etrago, contratada para movimentação de militares nas regiões centro e sul, foi "fortemente metralhado", quando a coluna de viaturas foi parada na zona de Chimutanda, a 15 quilómetros da vila de Muxúnguè, uma área onde este tipo de ataques é pouco habitual, e não distante de uma posição do exército.
 
"Foi um outro banho de sangue hoje. O hospital rural de Muxúnguè está cheio de militares e estão a impedir a entrada de civis. Os militares feridos chegaram numa viatura civil", disse à Lusa um residente local.
 
O hospital rural de Muxúnguè tem estado sob forte vigia militar desde que homens armados ameaçaram invadir a unidade, para a retirada de "kits" de medicamentos.
 
Desde abril de 2013 Moçambique vive o pior momento de tensão político-militar após a assinatura do Acordo de Paz, em 1992, que pôs fim a guerra civil dos 16 anos, entre o Governo e a Renamo, com ataques a coluna de viaturas que já fizeram dezenas de mortos e feridos.
 
Lusa, em Notícias ao Minuto
 

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