quinta-feira, 31 de julho de 2014

Timor-Leste vai voltar a apoiar financeiramente a Guiné-Bissau ainda este ano - ministro




Bissau, 30 jul (Lusa) - Timor-Leste vai apoiar financeiramente o Estado da Guiné-Bissau ainda durante este ano num montante equivalente a um mês de salários da função pública, anunciou hoje o ministro das Finanças e Economia guineense, Geraldo Martins.

O apoio foi anunciado num encontro com a homóloga timorense à margem dos trabalhos da cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada no dia 23 de junho em Díli, capital de Timor-Leste.

"O que trazemos de concreto é a promessa de Timor-Leste ajudar o Governo imediatamente com um mês de salário [aos funcionários públicos guineenses], ou seja, vai entregar recursos nos próximos tempos, ainda em 2014", referiu Geraldo Martins.

"Não há promessa concreta em termos de números. É uma questão a ser discutida no parlamento [de Timor-Leste], mas existe vontade de inscrever verbas para a Guiné-Bissau no orçamento geral do Estado para 2015", referiu.

O apoio timorense nasceu em 2013 dinamizado por Ramos-Horta, antigo Presidente de Timor-Leste e representante das Nações Unidas em Bissau entre fevereiro do último ano e junho de 2014.

O país abriu uma Agência de Cooperação na capital guineense, equipou e deu formação para a realização do recenseamento eleitoral que permitiu a realização de eleições em abril e maio deste ano.

As eleições legislativas e presidenciais, as primeiras depois do golpe de Estado de abril de 2012, permitiram à Guiné-Bissau regressar à norma democrática e reativar relações internacionais fulcrais para receber ajuda externa.

Ao longo do último ano, Timor-Leste já entregou donativos a diversos serviços estatais, instituições de cariz social e tem até patrocinado a participação da seleção nacional de futebol na fase de apuramento para a Taça das Nações Africanas de 2015.

Ambos os países lusófonos fazem parte do G7+, uma organização criada em abril de 2011 que reúne 18 Estados-membros e que defende reformas no modo como a comunidade internacional apoia os países frágeis ou em situação de pós-conflito.

LFO // VM - Lusa

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