terça-feira, 5 de agosto de 2014

FORTALEZA BANCO FOMENTO DE ANGOLA SEGURA DESEMPENHO DO BPI



Folha 8, 02 agosto 2014

Banco de Fomen­to Ango­la (BFA), contro­lado pelo português BPI, viu os re­sultados operacionais do primeiro semestre cres­cerem cerca de 30%, face a 2013. O BFA registou re­sultados de 152,7 milhões de dólares nos primeiros seis meses deste ano, o que compara com os 119,2 milhões de dólares conta­bilizados entre Janeiro e Junho de 2013.

“Nos tempos que correm, somos um banco muito sólido, do ponto de vista financeiro”, afirmou o pre­sidente do Conselho Exe­cutivo do BFA, Emídio Pi­nheiro, descrevendo que dentro grupo BPI o banco angolano é considerado como “a fortaleza”.

O banco angolano é detido em 50,1% pelo Banco Por­tuguês de Investimento (BPI), enquanto os restan­tes 49,9% estão nas mãos da Unitel.

“O BFA já ultrapassou os nove mil milhões de dó­lares de activos, o que é muito importante. Os de­pósitos estão a crescer em termos homólogos cerca de 15% e os resultados do primeiro semestre cresce­ram também 30% face ao homólogo. São indicado­res muito impressionantes da dinâmica financeira do banco”, enfatizou Emídio Pinheiro.

Com mais de 1,2 milhões de clientes em Angola, cerca de 2.400 colabo­radores e considerado o segundo maior banco pri­vado do país, onde opera há vinte anos, o BFA conta com 180 balcões e lidera, por exemplo, no sector de mercado “Oil & Gas”.

Para melhor se compreen­der a razão pela qual o BFA é a fortaleza no con­texto do grupo importa, desde logo, ver que o BPI teve prejuízos semestrais de 106 milhões de euros, justificados pelo resulta­do da venda da carteira de dívida pública portuguesa e italiana que gerou uma menos valia de 102 mi­lhões de euros.

O presidente do BPI, Fer­nando Ulrich, lembra que três anos antes do prazo acordado, o grupo saiu da alçada do Estado ao reembolsar a totalidade do financiamento estatal, 1500 milhões de euros, dos quais 920 milhões foram entregues nos primeiros seis meses deste ano.

Já o rácio de transfor­mação de depósitos em crédito é agora de 92%, abaixo do limite máximo recomendado pelo Banco de Portugal, que é de 120%. Ou seja: o BPI capta mais depósitos do que concede de empréstimos aos clien­tes (o que alivia a pressão para o endividamento da instituição).

No que respeita ao rácio de crédito em risco este é agora de 5,4%, enquanto o custo do risco de crédito tombou (em termos ho­mólogos anualizados) de 1,04% para 0,72%. O nível de cobertura por impari­dades situa-se em 83%.


O BPI é 4º maior grupo bancário privado em Por­tugal e tem uma importan­te presença no mercado nacional na actividade da banca comercial, ges­tão de activos e banca de investimento. A nível internacional, tem uma relevante posição em An­gola, através do Banco de Fomento.

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