quarta-feira, 6 de agosto de 2014

RISCO DE ÉBOLA EM PORTUGAL É POUCO PROVÁVEL. PREVENÇÃO ESTÁ NA PRIMEIRA FASE


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A chegada do vírus do Ébola a Portugal é considerada pouco provável, de acordo com a Direção Geral de Saúde (DGS). Mas Graça Freitas, subdiretora-geral, garantiu que existe um "pacote de medidas" para a prevenção do contágio, cuja primeira fase já está implementada e que passa pelo controlo dos passageiros que chegam ou escalam os aeroportos e portos portugueses.

"Nós estamos a usar um plano que já foi utilizado noutras situações semelhantes", explicou a subdiretora-geral. Nos aeroportos, para já, "as pessoas são controladas pelo pessoal dos aeroportos e companhias aéreas".

O plano é ativado de acordo com o nível de risco. "O risco é baixo em Portugal", garante Graça Freitas, "mas temos um pacote de medidas que inclui acordos bem definidos com os portos e aeroportos, rastreio de doentes, informação ao público e aos profissionais de Saúde", assegurou a subdiretora-geral da Saúde.

A responsável da DGS garantiu, também, que as companhias aéreas foram devidamente informadas através de um comunicado, para que possam identificar os sinais da doença ou de alarme: "As tripulações fazem um controlo na altura do check-in. A bordo, as tripulações devem estar atentas e se houver algum caso suspeito, a situação deve ser transmitida ao comandante. O comandante avisa o pessoal de terra, o posto médico do respetivo aeroporto, a DGS e o INEM", assegurou Graça Freitas.

No site da DGS está disponível um documento de informação ao público, e caso sejam necessários serão emitidos outros folhetos informativos que serão distribuídos no embarque e à saída dos voos.

Graça Freitas salientou ainda que, até à data, não se confirmou nenhuma suspeita de ébola em Portugal, contudo relembrou que "o período de incubação é de 21 dias. Eu posso desembarcar e estar tudo bem e só depois manifestar sintomas. Caso as pessoas tenham alguns sintomaa, devem ligar primeiramente para a linha de Saúde 24". Em Portugal continental existem três hospitais preparados para receber doentes com ébola: o Curry Cabral e o Hospital D. Estefânia (para crianças) em Lisboa e o São João no Porto.

De Portugal não partem voos diretos para a Libéria, Serra Leoa, Nigéria ou Guiné-Conacri, motivo que levou Rui Oliveira, assessor de imprensa da Ana Aeroportos a justificar o facto de não serem feitos rastreios aos passageiros provenientes destes países: "Se nós tivéssemos voos diretos para a Libéria, Serra Leoa ou Guiné Conacri, com certeza que já haveria um plano de contingência com rastreio de passageiros como existe em algumas companhias internacionais. Neste caso, os passageiros são rastreados no primeiro país onde fazem escala. A partir do momento em que o rastreio é feito nesses países, já não será necessário repeti-lo."

Esta quarta-feira, partiram do aeroporto de Lisboa em direção aos Estados Unidos da América, os 66 passageiros norte-americanos de um voo proveniente da Serra Leoa da Jet Asia Airways, que tinha feito escala no aeroporto de Lisboa.

Rui Oliveira, da Ana Aeroportos de Portugal, adiantou ainda que todos os passageiros deste voo não apresentavam quaisquer sintomas da doença e que, de qualquer maneira, por ser uma "situação especial, os passageiros foram rastreados à chegada ao aeroporto", numa operação "sob orientação e coordenação da DGS".

No sábado passado, um avião que transportava um dos dois norte-americanos infetados com o vírus do Ébola na Libéria fez escala na Base das Lajes, nos Açores, para abastecimento de combustível antes de rumar à cidade de Atlanta nos Estados Unidos da América. A passagem do avião pela Base das Lajes correu como previsto, sem contacto entre o interior da aeronave e o exterior.

A epidemia ébola já provocou mais de 1300 contágios e mais de 700 mortos, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS, as viagens para as regiões afetadas não estão desaconselhadas, devendo no entanto ser observadas algumas precauções. São cada vez mais, no entanto, as companhias aéreas que têm vindo a suspender os voos para os países afetados.

As pan-africanas Arik e ASKY deixaram de voar para a Libéria e Serra Leoa, depois da morte de um passageiro liberiano em finais de julho em Lagos, na Nigéria.Na sexta-feira passada, também a companhia aérea Emirates, com sede no Dubai, anunciou a suspensão "até nova ordem" de todos os voos para a Guiné-Conacri.

Num comunicado, a British Airways anunciou, igualmente, esta terça-feira, a suspensão até 31 de Agosto dos voos para a Libéria e Serra Leoa, dois dos quatro países da África Ocidental atingidos pela epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus Ébola. A companhia aérea britânica assegurava, até ao momento, quatro voos semanais para Monróvia, Libéria, após uma escala em Freetown, na Serra Leoa. "Suspendemos temporariamente os nossos voos de e para a Libéria e Serra Leoa até 31 de agosto, devido à deterioração da situação sanitária naqueles dois países. A segurança dos nossos passageiros, das nossas tripulações e do nosso pessoal de solo é a nossa principal prioridade", indicou um porta-voz da British Airways, citado pela agência francesa AFP. 

Dinheiro Vivo

1 comentário:

Anónimo disse...

Medidas sao nanifestamente insuficientes.Aeroporto de Lisboa
é uma plataforma de viagem com palops.
Incubação sao 20 dias autorizaçao de voo devia ser dada apos 20 dias sobre a marcação daq viagem e antes do embarque
confirmar se nao esta infectado,e governo do local partida passar t ermo de responsabilidade sobre saude do passageiro. Ao chegar a Lisboa devia ser novamente inspeccionado.

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