Aquando
do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, muitas zonas, palco de
teatros de operações militares, foram minadas pelas então forças beligerantes.
Lassana
Casamá – Voz da América
A
Guiné-Bissau já observou os dois dias de luto nacional na sequência da morte,
no último fim-de-semana, de 22 pessoas vítimas da explosão de uma mina
anti-tanque no troço que liga Bissorã à Encheia, localidades no norte do país.
O
incidente está a suscitar muitos ângulos de abordagem. É que aquando do
conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, muitas zonas, palco de teatros
de operações militares, foram minadas pelas então forças beligerantes.
Terminado
o conflito, de quase um ano, com o apoio da comunidade internacional, os
guineenses beneficiaram de um programa de desminagem, executado por algumas
ONG’s nacionais que, há mais de cinco anos, declararam a Guiné-Bissau livre de
minas.
Em
consequência deste incidente, a Voz da América falou com César de Carvalho,
Director do Centro Nacional de Coordenação de Acção Anti-mina, uma entidade
estatal, responsável pela desminagem das zonas então afectadas pelas minas ou
explosivos.
A
explosão da mina que resultou em 22 mortos, reporta à época colonial, confirmou
César de Carvalho, que explica ainda as incidências técnicas que sobrepõem a
explosão do engenho.
Contrariamente
ao que se fazia acreditar no passado, baseando nos elementos oficiais, o
responsável máximo do Centro Nacional de Coordenação de Acção Anti-mina, afirma
que, daqui a 10 anos, a Guiné-Bissau não pode arrogar-se que estará livre de
minas.
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