sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Guiné-Bissau: Responsáveis pelo Ensino Superior particular acusados de «mercantilismo»



Abertura do novo ano lectivo

Bissau - O secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica confessou ter dificuldades em compreender o verdadeiro sentido patriótico de alguns dirigentes das instituições do ensino superior em regime particular na Guiné-Bissau, que «produzem o mercantilismo, o dinheiro no sistema educativo nacional, em claro prejuízo das excelências académicas que se expressam na Guiné-Bissau».

Fernando Dias apelou aos dirigentes daquelas instituições no sentido de inverterem a ordem das suas visões e prioridades, reestruturando escolas e dando maior primazia às excelências académicas que se pretende no país.

O secretário de Estado do Ensino Superior fez as declarações à PNN esta quarta-feira, 22 de Outubro, durante a cerimónia de abertura do novo ano lectivo 2014/15, na Faculdade de Direito de Bissau, tendo sublinhado ainda que a recente integração da Faculdade de Direito de Bissau na Universidade Amílcar Cabral, como sua unidade orgânica, não belisca a sua autonomia de administração pedagógica e científica consagradas nos diplomas legas, mas pelo contrário vem reforçar o relançamento imperioso da universidade pública com a sua experiência e prestígio para afirmação definitiva da Universidade Amílcar Cabral.

Este governante reconheceu também que o ensino superior no país apresenta sinais graves, principalmente na qualidade do corpo docente, falta de equipamentos e materiais didácticos adequados ao processo de ensino e aprendizagem de qualidade necessária na Guiné-Bissau, pelo que é urgente inverter esta tendência para o relançamento da qualidade do ensino superior no país.

A cerimónia foi assistida pelo embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, António Leão Rocha, na presença do encarregado de negócios de Portugal, de docentes e estudantes.

A Faculdade de Direito de Bissau começou a funcionar em Janeiro de 1990 e já formou muitos quadros juristas e advogados que estão a trabalhar no aparelho do Estado guineense.

Tiago Seide - PNN Portuguese News Network, em Bissau Digital

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