Mais
de mil pessoas são traficadas por ano em Moçambique para diferentes países,
principalmente para a África do Sul, com vista a serem submetidas a actos tais
como exploração sexual. As crianças e adolescentes do sexo feminino
provenientes de famílias pobres, sobretudo das zonas rurais, são consideradas
as principais vítimas, devido ao elevado índice de analfabetismo e falta de
conhecimento das leis.
Os
dados foram apresentado esta segunda-feira (21) pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) e resultam de um estudo realizado pelo Instituto Superior de
Relações Internacionais (ISRI).
O
Reitor do ISRI, Patrício José, disse que os traficantes optam pelos
adolescentes por causa da baixa escolaridade por parte deste grupo, que também
não tem capacidade para resistir e não conhece a lei sobre os direitos humanos.
Afonso
Antunes, assessor da PGR para a Área Criminal, disse que o tráfico de seres
humanos é grave. Esta instituição julga entre 23 e 30 casos. As províncias da
Zambézia, de Tete e Manica registam mais problemas relacionados com o tráfico
de seres humanos.
As
redes que protagonizam este tipo de crime têm ligações com os funcionários dos
Serviços Nacionais de Migração e o Estado não dispõe de meios suficientes para
estancar estes casos.
Verdade
(mz)
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