domingo, 19 de outubro de 2014

Portugal: PCP vota contra Orçamento que "mantém o assalto aos salários"




No final do Comité Central do PCP, Jerónimo de Sousa condenou o prosseguimento da “política de empobrecimento da troika nacional e estrangeira”, referindo-se à proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, que considera manter e “confirmar o assalto aos salários e pensões” e que o partido vai votar contra.

Jerónimo de Sousa criticou este domingo a continuidade da “política de empobrecimento da troika nacional e estrangeira”, os “ataques à saúde e educação” e a “excessiva carga fiscal sobre os trabalhadores e o povo”.

Em declarações aos jornalistas, no final do Comité Central do PCP, o líder comunista abordou ainda a “taxa de desemprego disfarçada pela emigração”, criticando a situação de pobreza que muitos portugueses vivem, causada pela “política de corte” adotada pelo Governo.

A proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano não escapou aos comentários depreciativos de Jerónimo de Sousa. Para o líder do PCP, o documento apresentado esta semana “confirma eixos essenciais da ação do Governo”.

“É um orçamento que procura esconder o agravamento de endividamento e da dependência do país, mantém e confirma o assalto aos salários e pensões de reforma, promove o desemprego, designadamente na administração pública, prossegue a asfixia financeira e o desmantelamento das funções sociais do Estado e dos serviços públicos reduzindo direitos constitucionalmente consagrados”, disse no final da reunião que analisou a situação política e social, frisando que o PCP vai votar contra a proposta.

Jerónimo continua, descrevendo o Orçamento como “uma proposta que prossegue uma política fiscal assente numa insuportável tributação sobre os trabalhadores e outras camadas não monopolistas a par de uma grande e escandalosa proteção ao grande capital”.

“O PCP reafirma a importância da demissão do Governo”, disse o comunista, destacando que o Orçamento “não resolve nenhum dos problemas nacionais”.

Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana