A
MOE UE manifestou preocupada com os atrasos no apuramento das eleições gerais
em Moçambique, que, aliados à ausência de explicações, "deterioram o que
tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral".
A
Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) tem estado a observar
os processos de contagem e apuramento em todas as províncias. Depois da chefe
da missão, a eurodeputada Judith Sargentini ter dito que a jornada eleitoral
foi "ordeira", os observadores da UE, vieram agora a público dizer
que o processo tem-se deparado com muitos problemas.
Observadores da UE agora menos otimistas
"Muitas dificuldades, muitos obstáculos" - os observadores da União Europeia mostram-se agora muito menos otimistas do que na sexta-feira passada (17.10), aquando da apresentação do relatório preliminar. Vinte e dois observadores de longo prazo da UE continuam em Moçambique e relatam muita falta de organização, tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados.
Observadores da UE agora menos otimistas
"Muitas dificuldades, muitos obstáculos" - os observadores da União Europeia mostram-se agora muito menos otimistas do que na sexta-feira passada (17.10), aquando da apresentação do relatório preliminar. Vinte e dois observadores de longo prazo da UE continuam em Moçambique e relatam muita falta de organização, tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados.
A
DW África entrou em contacto com a chefe da missão, a eurodeputada holandesa,
Judith Sargentini, que entretanto já se encontra em Estrasburgo. As
suas palavras agora são as seguintes:
"Em muitos casos, o apuramento a nível provincial começou sem que estivesse terminado o apuramento a nível dos distritos. Os prazos legais para o anúncio dos resultados distritais e provinciais, respectivamente dois e cinco dias após a jornada eleitoral, não foram, na sua maioria, cumpridos. Nós continuamos no terreno, continuamos a observar até que todos os votos estejam contados."
MOE UE lamenta obstáculos
Judith Sargentini lamenta os obstáculos colocados aos observadores da UE no acesso à informação sobre o apuramento provincialem Cabo Delgado e na
Zambézia, sendo que, segundo a lei, todo o processo eleitoral deve pautar pela
transparência e integridade.
"Em muitos casos, o apuramento a nível provincial começou sem que estivesse terminado o apuramento a nível dos distritos. Os prazos legais para o anúncio dos resultados distritais e provinciais, respectivamente dois e cinco dias após a jornada eleitoral, não foram, na sua maioria, cumpridos. Nós continuamos no terreno, continuamos a observar até que todos os votos estejam contados."
MOE UE lamenta obstáculos
Judith Sargentini lamenta os obstáculos colocados aos observadores da UE no acesso à informação sobre o apuramento provincial
"No
nosso relatório preliminar dissemos que reconhecíamos os esforços das
autoridades eleitorais, dissemos que tudo tinha corrido bem, é certo. Mas
também dissemos que na campanha não houve igualdade de oportunidades. A FRELIMO
recorreu indevidamente a pessoal e material que pertence ao governo e não ao partido."
"O
dia das eleições foi globalmente ordeiro"
Resumindo:
A observadora da União Europeia sai agora a público, dizendo que não disse que
as eleições foram livres, justas e transparentes:
"Não
usei esses termos. Dissemos que o dia das eleições foi globalmente ordeiro, mas
que - entre outros problemas - näo houve igualdade de oportunidades durante a
campanha."
E
está a par de todos os problemas no processo de contagem? Os atrasos e
irregularidades no centro e norte do país.
"Sim, estou a par de tudo. Os nossos observadores ainda estão no terreno. Todos os problemas serão tidos em conta no nosso relatório final que publicaremos depois do anúncio oficial dos resultados."
António
Cascais – Deutsche Welle
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