A Operação Marquês,
que levou à detenção e prisão preventiva de José Sócrates, poderá fazer ainda
mais ‘vítimas’. De acordo com o Jornal de Negócios, os investigadores continuam
a seguir o rasto do dinheiro que está na base das acusações ao ex-primeiro-ministro
e outros três arguidos, sendo que poderão surgir novas buscas e arguidos.
José Sócrates, João
Perna (motorista do ex-chefe do Governo) e Carlos Santos Silva (empresário e
amigo de infância do ex-primeiro-ministro) estão em prisão preventiva por
suspeitas de crimes de branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal.
O quarto arguido, o
advogado Gonçalo Ferreira, está proibido de contactar com os restantes
arguidos, de se ausentar para o estrangeiro, com a obrigação de entregar o
passaporte e de se apresentar duas vezes por semana no Departamento Central de
Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Ainda assim,
escreve o Jornal de Negócios, a lista de arguidos poderá ainda aumentar visto
que a investigação à origem do dinheiro movimentado nas contas de José Sócrates
ainda está a ser investigado. Tal como indica a publicação, os investigadores
não colocam de parte a hipótese de existirem outros ‘testas-de-ferro’, tanto a
nível individual como empresarial.
Relativamente à
acusação, o especialista em processo penal Pedro Garcia Marques explica que os
crimes de corrupção, branqueamento de capitais e de fraude fiscal “são casos
sobretudo de prova documental”, sendo a primeira tipologia de “prova muito
complexa”.
E a complexidade,
explica o professor universitário, advém do facto de os investigadores terem de
definir, com toda a certeza, quem corrompe, quem é corrompido e quais as
vantagens que resultam destas ilegalidades. Fazer a prova deste crime torna-se
ainda mais complicado porque “nestes processos nunca há um contabilista
milagroso que tenha tudo registado nos livros”.
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