Rui
Peralta, Luanda
Prefácio
Declaração
Universal dos Direitos do Homem
Artigo
5
Ninguém
será submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, inumanos ou
degradantes.
Artigo
8
Toda
a pessoa tem direito a recurso efectivo aos tribunais nacionais contra os actos
que lhe violem os seus direitos fundamentais, reconhecidos pela constituição ou
pela lei.
Artigo
9
Ninguém
poderá ser arbitrariamente detido, preso ou desterrado.
Artigo
12
Ninguém
poderá ser objecto de ingerências arbitrárias na sua vida privada, na sua família,
no seu domicílio ou na sua correspondência, nem de ataques à sua honra ou à sua
reputação. Toda a pessoa tem direito á protecção da lei contra tais ingerências
ou ataques.
Artigo
13
1.
Toda a pessoa tem direito a circular livremente e a escolher a sua residência
no território de um Estado.
2.
Toda a pessoa tem o direito de sair de qualquer país, mesmo do seu; e o de
voltar ao seu país.
I - 2015
iniciou-se com a morte de, pelo menos, 9 paquistaneses no Norte do Waziristão,
em consequência de um ataque norte-americano, efectuado através de drones,
contra uma eventual base Talibã. A informação foi cedida pelos serviços
secretos paquistaneses, uma vez que a administração norte-americana não fornece
qualquer informação sobre estes ataques (que podem ser executados pelo
Pentágono, Departamento de Defesa, ou pela CIA) e as mortes que provocam
(geralmente camponeses, pastores, mulheres, idosos e crianças).
O
programa drone é apenas um dos vários exemplos do vasto leque de assuntos
qualificados como "Segredo de Estado". Um recente relatório do Comité
do Senado para Actividades da Inteligência revela uma outra vertente secreta do
combate ao terrorismo, relacionada com a rede de centros de detenção e tortura,
no estrangeiro, utilizados pela CIA.
A
agência furtou-se, até agora, a prestar esclarecimentos á Casa Branca, ao
Senado, ao Congresso, ao Departamento de Justiça e ao Conselho Nacional de
Segurança. O ex-senador do Alasca, Mike Gravel (que revelou o Pentagon Papers),
Mark Udall, ex-senador do Colorado, ou o senador Wyden, do Oregon, já
expressaram inquietações sobre o relatório da tortura e exigem um processo
transparente, onde as actividades em curso das agências de segurança sejam
apresentadas aos órgãos supervisores, sem mais delongas e, no caso da rede de
centros de tortura, apresentadas á opinião pública e judicialmente processadas.
A
publicação do "Panetta Report" um relatório interno da CIA, realizado
pelo ex-director Panetta, mas onde constam, também, as actividades
desenvolvidas pela CIA durante os mandatos dos directores Tenet e Hayden, é de
extrema importância e deveria ser efectuada em simultâneo com a publicação do
relatório do Senado. Mas a CIA continua a protelar a publicação do relatório, o
que já provocou a irritação de Obama, do Congresso e do Senado e levou o
ex-senador democrata do Colorado, Mark Udall, a apresentar uma moção onde é
proposta a demissão de todo o corpo directivo da CIA e dos seus altos oficiais,
inclusive do director John Brennan. Udell acusa a CIA de mentir á Casa Branca,
destruir provas e dados sobre operações secretas, tentar iludir o Senado, o
Congresso e as instituições públicas supervisoras. Acusa ainda a CIA de espiar
o Senado, de fabricar factos e acusações contra os senadores membros do Comité
do Senado para a supervisão da agência e aos senadores da comissão encarregada
do caso das torturas nos centros ilegais de detenção no estrangeiro.
Nos
inícios do século XX, o sociólogo alemão Max Weber escreveu que a burocracia
dos serviços secretos utiliza o secretismo para encobrir erros e enganos. Este
comportamento conduz á cúpula dos serviços os elementos incompetentes e os
irresponsáveis, que noutra qualquer função nunca ascenderiam a cargo algum. É
como um filtro de funcionalidade invertida, por onde passam somente as
impurezas. Weber chamava ainda a atenção para a necessidade de mecanismos
constantes de aperfeiçoamento da supervisão pública, como forma de evitar o
processamento do fenómeno.
Mas
o secretismo é, também usado para outros fins. As confissões obtidas sob
tortura nos centros clandestinos de detenção da CIA foram utilizados para
produzirem falsas evidências que justificaram a invasão do Iraque. E neste
embuste, Dick Cheney e o presidente Bush II desempenharam um papel crucial
e foram actores principais num enredo que terminou com a destruturação da nação
iraquiana, transformada num imenso cemitério. Mas existem outras questões que
agravam todos estes processos e que representam um grave problema para as instituições
democráticas norte-americanas.
Em
1947 foi estabelecido que a CIA era um centro de inteligência, um grande laboratório
de análises políticas, económicas, sociais, culturais e estratégicas. 68 anos
depois a CIA é uma imensa colónia bacteriológica, que sustenta as suas
operações e que atua á margem das instituições e da Constituição
norte-americana - a que os seus agentes e oficiais juram fidelidade - apostando
nas tensões internas das elites norte-americanas. A CIA sustenta, por exemplo,
a guerra de drones desde 2004, com cada vez maior autonomia de decisão.
Hoje
a CIA pretende exercer um controlo absoluto da sociedade norte-americana,
alegando que tudo é secreto, tudo é razão de Estado, tudo é Segurança Nacional,
na luta contra o terrorismo. É como se o golpe anticonstitucional do 11 de
Setembro, comandado pela camarilha do presidente Bush II e financiado pelos
parceiros das petro-monarquias do Golfo fosse um golpe de longa duração, uma
nova concepção de coup d'etat, baseada num ataque viral, compassado, às
instituições, infectando-as e tomando-as por dentro. E esse processo virulento
sucede á escala global, contaminando toda a economia-mundo.
O
resultado produzido é eficaz. O consórcio com os órgãos de comunicação social,
criando uma descomunal máquina de propaganda, nunca vista na História da
Humanidade, fabrica factos e injecta inverdades na opinião pública. A realidade
é falseada e os cidadãos norte-americanos, centro e sul-americanos, europeus,
africanos e asiáticos desconhecem, por exemplo, a guerra de drones no
Paquistão.
Os
grupos terroristas que actuam no Paquistão (Talibãs afegãos, grupos
paquistaneses da extrema-direita islâmica e Al-Qaeda) operam no interior dos
grupos tribais e dos clãs (muitas vezes com o suporte dos serviços secretos
paquistaneses). Por sua vez as fricções entre os chefes tribais provocam
alianças inconcebíveis e uma complexa rede de relacionamentos. Nestas redes a
CIA atua, na maioria dos casos, às cegas. Como resultado eis o grande número de
vítimas inocentes (camponeses, pastores, mulheres, idosos e crianças), sem
qualquer ligação com id grupos terroristas, ou com as actividades dos clãs ou
dos chefes tribais.
Tudo
isso provoca uma onda de indignação nas populações rurais paquistanesas contra
os USA, gerando ondas de instabilidade interna cada vez mais difíceis de serem
controladas pelo Estado paquistanês, levando a contestação para os centros
urbanos. O Paquistão, uma potência nuclear com fortes atritos com a India,
procura na China uma tábua de salvação, que impeça o Poder de cair na rua, ou
nas comunidades tribais. A indignação contra os USA é manipulada pela
extrema-direita islâmica (que controla a maioria das escolas islâmicas, onde as
crianças, gratuitamente, aprendem a ler, a escrever, assimilam as bases da
aritmética e da geometria e decoram o Alcorão), que transforma a indignação em
ódio a tudo o que é ocidental, eliminando o que poderia tornar-se em consciência
anti-imperialista e em luta pela soberania nacional e popular. E isto é
alimentado pela CIA, que ao esquivar-se do controlo público (que levaria á
suspensão das operações e á redefinição de uma nova estratégia de luta contra o
terrorismo na região, que passaria pelo respeito da soberania nacional e
popular paquistanesa) afunda-se em mais um desastre de enormes proporções e de
nefastas repercussões.
O
mar de segredos em que as agências de inteligência e segurança (CIA e NSA)
afundam as instituições públicas, irá conduzir os USA ao totalitarismo. A
Republica Imperial necessita de retornar à sua figura de Republica Democrática
e abolir o complexo imperial. Se tal não acontecer assistiremos a um facto
inédito na História do Ocidente: pela primeira vez será fundado um despotismo
ocidental.
Até
agora o despotismo é, historicamente, um fenómeno político oriental. O Ocidente
pode ter conhecido períodos de tirania (alguns de crueldade intensa), que
terminam em consequência das contradições internas desses regimes e da força
popular, mas nunca conheceu o regime despótico, baseado na alienação da
condição humana, alicerçado numa oligarquia intemporal e nos valores
tradicionais e identitários, que permitem a sobrevivência dos sectores retrógrados.
Será, sem dúvida, o fim da História...em consequência da eternização da Pré-história.
II - Durante
séculos "a razão do Estado" foi tema dos Tratados Políticos mais
diversos. Mas a "razão do Estado" nunca foi uma "questão
académica", bem pelo contrário, encontra-se no núcleo mais interno do
Poder desde a formação dos Estados. Segredo, sigilo, são instrumentos de domínio
dos núcleos restritos de poder, assim como as matérias de segurança nacional,
de segurança do Estado (conceito refinado que ganha foro teórico nas
cidades-estado italianas, principalmente por famílias como os Bórgia ou os
Médicis. Machiavelli inebriou-se com estas práticas em prol do seu amado príncipe
florentino (uma paixão secreta, que foi mantida em segredo). Hobbes apreendeu
de tal forma estes mecanismos de Poder que acabou os seus dias vivendo num
leviatã sentimental, apaixonado pelo medo. Outros, intelectualmente menos
hábeis terminam neuroticamente enredados nas teorias da conspiração.
O
núcleo restrito do Poder cria complexos sistemas de combinação de segredos, do
seu conhecimento exclusivo. Os restantes anéis do Poder apenas tonam
conhecimento de fragmentos, de partes, do segredo. O complexo supremo, a
refinada razão do Estado, só é conhecido na sua totalidade pelo núcleo central
do Poder. Os anéis circundantes apenas tomam conhecimento das parcelas
fragmentadas, com as quais executam as directivas recebidas. Ao povo, aos cidadãos,
chega apenas a mistificação, a realidade fabricada de um assunto que não
dominam, sobre o qual não têm quaisquer informações reais.
Há
casos de regimes que sobrevivem de sistemas baseados na espionagem, elevada a princípio
geral do governo e a regra suprema, tanto nas relações governantes/governados,
como nas relações governantes/governantes (o presidente espia todos, os
ministros espiam-se entre si e espiam os seus subordinados, etc.) como nas
relações governados/governados (os súbditos denunciam os de entre si que
conspiram, ou, por exemplo como acontece em algumas sociedades africanas de
democracia ainda incipiente - consequência da brutalidade colonial e das elites
neocoloniais que alojaram-se nos aparelhos - os partidos políticos são
utilizados como grandes centros de "bufaria", tendo o militante a
obrigação de denunciar tudo o que pode ser nocivo para a continuidade da elite
no domínio do aparelho de Estado: denunciar estrangeiros - caucasianos, asiáticos
ou negros que não falem a língua oficial ou tenham diferentes hábitos
culturais, sociais e religiosos - imigrantes em situação ilegal, homossexuais,
etc.).
O
poder político, na sua forma não democrática, foi concebido à imagem e
semelhança de Deus: omnipotente, omnisciente e omnipresente. É infinitamente
mais poderoso que o conjunto dos súbditos, sabe tudo e faz sempre sentir a sua
presença. Esta característica leva a que os detentores do Poder conheçam as
intenções dos outros, não permitindo que as suas sejam conhecidas pelos
restantes anéis de poder e pelos súbditos. A invisibilidade é o factor que
permite ver sem ser visto. A torre central do Poder observa tudo sem jamais ser
vista. Nas suas periferias todos somos vistos sem jamais vermos quem nos
observa.
III - Este
modelo de Leviatã, consequência dos delírios das elites hobbesianas, baseado no
bastão sofisticado, na chibata eletrónica do Grande Irmão orwelliano ou no
Panopticon (o terraço do núcleo central do Poder que tudo vê sem nunca
ser visto) é incompatível com o Estado Democrático de Direito, onde os cidadãos
participam da supervisão do edifício do Poder. Aqui o sigilo não pode chocar
com o direito á informação, nem com a liberdade se informar. Nos regimes democráticos
a Razão de Estado é referendada, não pode ser uma mistificação utilizada pela
elite dominante para manter o seu domínio. A razão, na democracia, é Razão e a
Razão de Estado é património publico e não uma mera "bricolage"
pertença exclusiva do núcleo central do Poder. Na Democracia, no Estado de
direito, a legitimidade do Poder assenta na Soberania Popular e as três esferas
do Poder equilibram-se entre si. O sigilo, o segredo de Estado, não é natural
nas sociedades democráticas, é excepção, nunca esquecendo que a segurança ê
matéria do cidadão, devido á informação que circula de forma fluente pela
sociedade, porque é um direito estar informado e porque existe liberdade de
informar. Portanto os que consideram o segredo como natural ao exercício do
Poder sofrem de analfabetismo politico, ou seja, de amputação cívica, são, nos casos
extremos, perigosos psicopatas associais, que autoexcluem-se da cultura
democrática.
Tendo
o Poder duas faces (interna e externa) a sua versão autocrática (totalitária, tirânica,
despótica, unidimensional), na vertente interna, considera o cidadão como súbdito,
como o tipo que vota de x em x anos para ficar convencido que a sua opinião
vale qualquer coisita. Eles, os guardiões do templo é que percebem disto! A
César o que é de César e os súbditos são pertença de César. O segredo, a razão
de Estado, a segurança é um assunto de César, aos quais os súbditos - também
eles pertença de Cesar - devem ser alheios, aproveitando para
dedicarem-se aos negócios de Deus, que não se intromete nos negócios de Cesar.
Na
vertente externa o Poder autocrático sobreavalia o efeito do segredo, que
assume proporções de paranoia demente. De facto a política externa autocrática
é semelhante ao delirium tremendis. O estrangeiro não pode saber nada do que se
faz naquele quintal. E o argumento, por muito imbecil que seja, pega e cria
longas filas de carne para canhão. Depois vêm os condimentos: o imperialismo, o
comunismo, a religião, o nacionalismo, os norte-americanos, os cubanos, os
norte-coreanos, os terroristas, os judeus, os árabes, o Ocidente...o que não
falta são ingredientes!
IV - Para
que o cidadão possa exercer a cidadania é necessário que tenha pleno
conhecimento das questões de Estado. Para que isso aconteça é necessário que o
Poder político aja em público.
Se tal não acontecer, se o Poder político agir em segredo, o
cidadão não consegue exercer a sua cidadania e torna-se um súbdito. O Poder só
é efectivamente controlado quando o povo participa activamente na vida política,
económica, social e cultural. Apenas o controlo popular, o exercício da
cidadania, evita o apodrecimento da paz.
A
linguagem esotérica, o linguajar dos mistérios, não é condizente com a
assembleia dos representantes eleitos, periodicamente, pelo povo. O
comportamento paranoico da segurança apenas demonstra a sua fraqueza e incompetência,
porque esconde a necessidade de um emprego, de uma posição, de um negócio...e
nada mais perigoso para a segurança do Estado do que ser tomada como um
emprego, ou um estatuto social, ou um negócio. Se assim é o aparelho está podre
e minado. O parlamento é um espaço de representação do Poder, no duplo sentido
do termo. É o lugar onde se reúnem os representantes da nação e onde, em simultâneo,
ocorre uma encenação ("rappresentazione") que, enquanto tal,
necessita se publico, logo tem de ser exercida em público. Sessões secretas,
acordos e debates secretos, comissões parlamentares à porta fechada, não têm
caracter representativo, no duplo sentido do termo. A autoridade democrática é visível,
e os responsáveis políticos, "os dirigentes", não podem esconder
intenções (o que não impede que sejam discretos).
A
transparência do Poder democrático é uma das promessas mais difíceis de serem
mantidas nas sociedades democráticas. A sua ausência é um ácido corrosivo que destrói
os alicerces institucionais democráticos. O Poder tem a irresistível tendência
para esconder-se e quando isso acontece surge o pântano do duplo Estado: o
Estado visível - regido pelas regras democráticas - e o Estado invisível, que
aos poucos assume o lugar do outro, infectando, como um vírus, as instituições democráticas.
O
segredo é admissível quando garante um interesse protegido pela constituição,
sem lesar outros interesses constitucionalmente protegidos. O segredo é, em
democracia, sempre excepção e essa deve constituir a Razão de Estado primeira.
O Estado democrático de direito não exclui o segredo de Estado, desde que este
tenha por motivo a defesa da democracia e não das elites dominantes. Por isso a
existência das instituições dos serviços de segurança, instituições que devem
estrita obediência á Constituição. Mas e o que nos garante essa obediência? O
controlo publico, apenas possível pelo exercício da cidadania, instrumento da
soberania popular.
A
serpente morde a sua própria cauda, mas a serpente sempre foi um símbolo de
prudência e de virtude politica (que prudência maior e que maior virtude
politica existe na Bíblia do que a passagem que relata o acto prudente e
politicamente virtuoso da humanidade a comer a maçã do conhecimento?). Aliás
não é por acaso que a ciência dos juristas é designada por "iurisprudentia"...no
entanto é prudente tirar-lhe o veneno...Á serpente, claro...
Posfácio
Constituição
da Republica de Angola
Titulo
I - Princípios Fundamentais
Artigo
2.° (Estado democrático de Direito)
1.
A Republica de Angola é um Estado democrático de direito que tem como
fundamentos a soberania popular, o primado da Constituição e da lei, a
separação de poderes e interdependência de funções, a unidade nacional, o
pluralismo de expressão e de organização politica e a democracia representativa
e participativa.
2.
A Republica de Angola promove os direitos e liberdades fundamentais do Homem,
quer como individuo, quer como membro de grupos sociais organizados, e assegura
o respeito e a garantia da sua efectivação pelos poderes legislativo, executivo
e judicial, seus órgãos e instituições, bem como por todas as pessoas
singulares e colectivas.
Artigo
6.° (Supremacia da Constituição e legalidade)
1.
A Constituição é a Lei Suprema da Republica de Angola.
2.
O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade, devendo
respeitar e fazer respeitar as leis.
3.
As leis, os tratados e os demais actos do Estado, dos órgãos do poder local e
dos entes públicos em geral só são válidos se forem conformes à Constituição.
Artigo
11.° (Paz e segurança nacional)
3.
A segurança nacional é baseada no primado do direito e da lei, na valorização
do sistema integrado de segurança e no fortalecimento da vontade nacional,
visando a garantia da salvaguarda do Estado e o asseguramento da estabilidade e
do desenvolvimento, contra quaisquer ameaças e riscos.
Titulo
IV - Organização do Poder do Estado
Capitulo
II - Poder Executivo
Secção
V - Órgãos auxiliares do Presidente da Republica
Artigo
136.° (Conselho de Segurança Nacional)
1.
O Conselho de Segurança Nacional é o órgão de consulta do Presidente da
Republica para os assuntos relativos á condução da política e estratégia da
segurança nacional, bem como à organização, ao funcionamento e á disciplina das
Forças Armadas, da Policia Nacional e demais organismos de garantia da ordem
constitucional e dos órgãos de inteligência e de segurança de Estado em
particular.
Titulo
V - Administração Publica
Capitulo
II - Segurança Nacional
Artigo
202.° (Objectivos e fundamentos da segurança nacional)
2.
A segurança nacional tem por objectivo a garantia da salvaguarda da independência
e soberania nacionais e da integridade territorial, do Estado democrático de
direito, da liberdade e da defesa do território contra quaisquer ameaças e
riscos, assim como a realização da cooperação para o desenvolvimento nacional e
a contribuição para a paz e segurança internacionais.
Capitulo
V - Preservação da Segurança do Estado
Artigo
211.° (Preservação da Segurança do Estado)
2.
A preservação da Segurança do Estado compreende componentes institucionais de órgãos
de Inteligência e de Segurança do Estado.
Artigo
212.° (Órgãos de Inteligência e de Segurança do Estado)
1.
Os órgãos de Inteligência e de Segurança do Estado são órgãos incumbidos de
realizar a produção de informações e análises, bem como a adopção de medidas de
Inteligência e de Segurança do Estado necessárias á preservação do Estado
democrático de direito e da paz pública.
PS:
Eleições na Grécia. Que a decisão do eleitorado grego se cumpra e que esta
vitória não seja apenas mais uma corrente de ar no pântano...
Respeitosos
agradecimentos a Scott Horton, advogado, activista dos Direitos Humanos,
professor na Columbia Law School, colaborador do Harper's Magazine e autor de
"Lords of secrecy: the national security elite and America's stealth foreign
policy".
Bibliografia
Weber,
M. Essays in Sociology Oxford University Press, 1958.
Weber,
M. Economia e società Edizioni di Comunitá, Milano, 1980.
Pareto,
V. La transformation de la démocratie Droz, Genéve, 1970.
Canetti,
E. Massa e potere Adelphi, Milano, 1981.
Sennett,
R. Authority Vintage Books, N.Y. 1980
Laqueur,
W. A world of secrets Basic Books, N.Y. 1985
Bobbio,
N. Teoria generale della Politica Ed. Einaudi, Torino, 1999
Washington
Post - Archives
New
York Times - Archives
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