Opera
Mundi, São Paulo
Ministro
grego disse que, por isso, não negociará com comissão; Alemanha pediu
realização de reformas e sinalizou que poderá suspender a ajuda ao país
Diante
do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em visita à Grécia para discutir
a situação econômica do país, o novo ministro de Finanças, Yanis Varufakis,
afirmou nesta sexta-feira (30/01) que não pretende cooperar com a troika
(formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário
Internacional) e que ela não é uma interlocutora válida.
"Não
temos intenção de trabalhar com uma comissão que não tem razão de existir,
inclusive desde a perspectiva do Parlamento Europeu", disse Varufakis ao
lado de Dijsselbloem.
Principal credora do país, a Alemanha afirmou, também hoje, que se as medidas anunciadas pelo Syriza forem implementadas, estudará a continuidade da ajuda: “estamos dispostos a trabalhar com a Grécia… mas não forçaremos nossa ajuda a Atenas”, afirmou nesta sexta o ministro de Finanças alemão, Martin Jaeger.
Principal credora do país, a Alemanha afirmou, também hoje, que se as medidas anunciadas pelo Syriza forem implementadas, estudará a continuidade da ajuda: “estamos dispostos a trabalhar com a Grécia… mas não forçaremos nossa ajuda a Atenas”, afirmou nesta sexta o ministro de Finanças alemão, Martin Jaeger.
De
acordo com Jaeger, uma extensão da ajuda ao país só é possível se forem
realizadas reformas.
O
governo grego, por sua vez, reafirmou nesta sexta que não vai pedir um
prolongamento do plano de resgate.
Varufakis
ressaltou que o governo do Syriza "foi eleito com um programa que não
admite o atual plano de resgate e nem que a dívida possa ser paga", mas
ressaltou que sua intenção é cooperar plenamente com os parceiros europeus.
Já
Dijsselbloem lembrou que o programa de resgate "se estende até o final de
fevereiro". De acordo com o representante do Eurogrupo, "antes disso,
decidiremos o que será feito. Não há nenhuma conclusão ainda".
A
dívida grega é de 317 bilhões de euros, o equivalente a 175% do PIB. O país
helênico tem até o dia 28 de fevereiro para negociar com a UE um novo pacote do
resgate. Dois resgates já foram realizados, um em 2010, e outro em 2014, totalizando
240 bilhões de euros.
O
ministro grego chegou a propor a Dijsselbloem a realização de uma conferência
internacional sobre a dívida grega, mas a resposta foi taxativa: "esta
conferência já existe e se chama Eurogrupo”.
Neste
domingo (1º/02), Varufakis iniciará uma série de viagens, passando por Londres,
Paris e Roma. “Tentaremos convencer todos os nossos sócios na Finlândia
ou em outros países de que devemos encontrar uma solução que beneficie o
interesse comum europeu”, afirmou.
O
representante dos países da zona do euro disse ainda que o Eurogroupo
"está comprometido em apoiar a Grécia na condição de que a Grécia cumpra
com suas promessas” e ironizou: “os problemas da economia grega não
desapareceram com as eleições" de domingo, quando o Syriza venceu com um
programa antiausteridade.
Rússia
Enquanto
a União Europeia pressiona o governo grego pelo pagamento da dívida tal como
ela está definida atualmente, sem auditoria, como propõe o Syriza, a Rússia tem
buscado uma aproximação com o país.
Após
o governo grego criticar a ameaça da UE de ampliar as sanções impostas à
Rússia, o ministro de Economia russo, Anton Siluanov, sinalizou nesta quinta
(19/01) que seu país está disposto a ajudar financeiramente Atenas, caso seja
solicitado, como afirmou em entrevista à CNBC.
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