quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

“O colonialismo é uma violação aos mais elementares direitos humanos”, diz Porto Rico na Celac




Porto Rico - Diário Liberdade - Em sua fala na III Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), que se realiza entre os dias 28 e 29 de janeiro na Costa Rica, o líder do Partido Independentista Portorriquenho, Rubén Berríos, chamou à união de todo o continente na luta pela independência de Porto Rico do colonialismo estadunidense, porque "o colonialismo é uma violação aos mais elementares direitos humanos".

"Nós, portorriquenhos, devemos conquistar nossa independência, enquanto que a América Latina e o Caribe devem ser solidários e exigir que os EUA ponham fim à colonização", disse Berríos, após receber o direito da palavra do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que incorporou os "patriotas de Porto Rico" à delegação nicaraguense como prova de solidariedade e cumprindo a resolução da ONU sobre descolonização e afirmou que eles o acompanharão na Cúpula da Américas, em abril no Panamá.

"É hora da Celac passar da palavra para a ação. Primeiro, o quarteto da Celac encabeçado por seu presidente, em consonância com o mandato, deve implantar um plano combinado para que a Assembleia Geral [da ONU] se pronuncie. Segundo, a Celac deve exigir ao governo dos EUA a libertação do patriota Óscar López Rivera, o preso político mais antigo do mundo, com 34 anos de prisão nos EUA, e também deve estar atenta a qualquer manobra dos EUA dirigida a perpetuar o colonialismo em Porto Rico", declarou o dirigente independentista, que falou também do compromisso da organização com a independência de Porto Rico, expressado em sua última cúpula, em 2014.

Ele também lembrou que a colônia do Estado Livre Associado de Porto Rico "nem é Estado, nem é livre, nem é associado", mas sim um "resquício dos tempos de submissão e servidão que grande parte da Nossa América sofreu", ressaltando, além disso, as muitas resoluções do Comitê de Descolonização da ONU para que os EUA cumpram com sua obrigação de descolonizar a região e respeitem o direito de Porto Rico à sua independência.

A maior parte da população de Porto Rico tem enfrentado perseguições, agressões e todo o tipo de manobras dos EUA para acabar com a cultura latina na ilha, comentou Berríos, que concluiu sua fala exigindo o direito à autodeterminação do povo portorriquenho. "Porto Rico será livre, e então todos poderemos, enfim, dizer que cumprimos com o mandato de nossos libertadores. Honremos a nossa Pátria Grande! Que viva Porto Rico livre!"

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