Porto
Rico - Diário
Liberdade - Em sua fala na III Cúpula da Celac (Comunidade de Estados
Latino-americanos e Caribenhos), que se realiza entre os dias 28 e 29 de
janeiro na Costa Rica, o líder do Partido Independentista Portorriquenho, Rubén
Berríos, chamou à união de todo o continente na luta pela independência de
Porto Rico do colonialismo estadunidense, porque "o colonialismo é uma
violação aos mais elementares direitos humanos".
"Nós,
portorriquenhos, devemos conquistar nossa independência, enquanto que a América
Latina e o Caribe devem ser solidários e exigir que os EUA ponham fim à
colonização", disse Berríos, após receber o direito da palavra do
presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que incorporou os "patriotas de
Porto Rico" à delegação nicaraguense como prova de solidariedade e
cumprindo a resolução da ONU sobre descolonização e afirmou que eles o
acompanharão na Cúpula da Américas, em abril no Panamá.
"É
hora da Celac passar da palavra para a ação. Primeiro, o quarteto da Celac
encabeçado por seu presidente, em consonância com o mandato, deve implantar um
plano combinado para que a Assembleia Geral [da ONU] se pronuncie. Segundo, a
Celac deve exigir ao governo dos EUA a libertação do patriota Óscar López
Rivera, o preso político mais antigo do mundo, com 34 anos de prisão nos EUA, e
também deve estar atenta a qualquer manobra dos EUA dirigida a perpetuar o
colonialismo em Porto Rico ",
declarou o dirigente independentista, que falou também do compromisso da
organização com a independência de Porto Rico, expressado em sua última cúpula,
em 2014.
Ele
também lembrou que a colônia do Estado Livre Associado de Porto Rico "nem
é Estado, nem é livre, nem é associado", mas sim um "resquício dos
tempos de submissão e servidão que grande parte da Nossa América sofreu",
ressaltando, além disso, as muitas resoluções do Comitê de Descolonização da
ONU para que os EUA cumpram com sua obrigação de descolonizar a região e
respeitem o direito de Porto Rico à sua independência.
A
maior parte da população de Porto Rico tem enfrentado perseguições, agressões e
todo o tipo de manobras dos EUA para acabar com a cultura latina na ilha,
comentou Berríos, que concluiu sua fala exigindo o direito à autodeterminação
do povo portorriquenho. "Porto Rico será livre, e então todos poderemos,
enfim, dizer que cumprimos com o mandato de nossos libertadores. Honremos a
nossa Pátria Grande! Que viva Porto Rico livre!"
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