quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Portugal: ROUBAM, DIZEM QUE ROUBAM, TÊM ESQUEMAS, BÓNUS E... IMPUNIDADE




Já empesta o ar viciado pela corrupção e roubo que respiramos em Portugal. Eles roubam, dizem que roubam e que arquitetam “esquemas”, chamam ao produto do roubo bónus, e ficam impunes.

O Caso dos Submarinos e as declarações que vão aparecendo na AR pelos intervenientes na negociata mostra a inoperacionalidade da justiça portuguesa ou o compadrio com os gatunos da alta sociedade e dos poderes nacionais. Certo é que as declarações em algumas delas apontam para uma associação criminosa no negócio dos submarinos. É evidente que se fosse o Manel da Esquina a fazer um negócio de contrafação de camisas de Vénus (preservativos) ele já estaria na prisão, juntamente com os cúmplices. E até o filho menor rumaria a um internato estatal porque tinha andado a fazer dos ditos preservativos balões que espalhava pelos ares públicos. 

Forte com os fracos e fraca com os fortes é a justiça portuguesa… Será assim? Ou simplesmente usa a estática, a paralisia, a manha para com uns quantos eleitos a usufruírem de impunidade. O povo diz que sim e tem uma curta frase para isso: farinha do mesmo saco. (MM/PG)

“Foi montado um esquema para fugirmos aos impostos” com o negócio dos submarinos

TSF - Publicado ontem às 17:49

Na comissão de Inquérito à Gestão BES/GES está hoje a ser ouvido Hélder Bataglia. O Presidente da ESCOM reconheceu perante os deputados que os administradores do BES e da ESCOM fizeram um bom negócio com a compra dos submarinos pelo Estado Português.

Nunca o Grupo Espírito Santo (GES) tinha feito nada na área militar ou do armamento, mas a proposta parecia irrecusável: assessorar grupos internacionais para a compra de submarinos pelo Estado Português e negociar contrapartidas.

Hélder Bataglia confirma que foi um bom negócio, distribuíram 27 milhões de euros «como bónus» pelo trabalho desenvolvido, uma decisão aprovada por Ricardo Salgado.

«Havia a consciência de que deveria haver algum bónus para os administradores pela atividade desenvolvida já há alguns anos. Os acionistas decidiram que era assim e que assim é que devia ser feito», afirmou o presidente e sócio da ESCOM, acrescentando que «foi com Ricardo Salgado que se falou».

Em resposta às perguntas da deputada Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda, o residente da ESCOM confessou que montaram um esquema sofisticado com o objetivo claro de fugir aos impostos em Portugal. Para isso, constituíram um fundo no Panamá.

As contas com o fisco, garante o Presidente da ESCOM, foram mais tarde todas regularizadas ao abrigo regime especial aprovado pelo Parlamento.

A ESCOM foi consultora do German Submarine Consorcium, ao qual o Estado português adjudicou, em 2004, o concurso para dois submarinos, cujo primeiro viria a ser entregue em 2010, com custos superiores a 800 milhões de euros, mas com contrapartidas previstas, pelo menos, de 100%.

Ana Catarina Santos

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