Já
empesta o ar viciado pela corrupção e roubo que respiramos em Portugal. Eles
roubam, dizem que roubam e que arquitetam “esquemas”, chamam ao produto do
roubo bónus, e ficam impunes.
O
Caso dos Submarinos e as declarações que vão aparecendo na AR pelos
intervenientes na negociata mostra a inoperacionalidade da justiça portuguesa
ou o compadrio com os gatunos da alta sociedade e dos poderes nacionais. Certo é
que as declarações em algumas delas apontam para uma associação criminosa no
negócio dos submarinos. É evidente que se fosse o Manel da Esquina a fazer um
negócio de contrafação de camisas de Vénus (preservativos) ele já estaria na prisão, juntamente com os cúmplices. E até o filho menor rumaria a um internato
estatal porque tinha andado a fazer dos ditos preservativos balões que
espalhava pelos ares públicos.
Forte com os fracos e fraca com os fortes é a
justiça portuguesa… Será assim? Ou simplesmente usa a estática, a paralisia, a
manha para com uns quantos eleitos a usufruírem de impunidade. O povo diz que
sim e tem uma curta frase para isso: farinha do mesmo saco. (MM/PG)
“Foi
montado um esquema para fugirmos aos impostos” com o negócio dos submarinos
TSF
- Publicado ontem às 17:49
Na
comissão de Inquérito à Gestão BES/GES está hoje a ser ouvido Hélder Bataglia.
O Presidente da ESCOM reconheceu perante os deputados que os administradores do
BES e da ESCOM fizeram um bom negócio com a compra dos submarinos pelo Estado
Português.
Nunca
o Grupo Espírito Santo (GES) tinha feito nada na área militar ou do armamento,
mas a proposta parecia irrecusável: assessorar grupos internacionais para a
compra de submarinos pelo Estado Português e negociar contrapartidas.
Hélder
Bataglia confirma que foi um bom negócio, distribuíram 27 milhões de euros
«como bónus» pelo trabalho desenvolvido, uma decisão aprovada por Ricardo
Salgado.
«Havia
a consciência de que deveria haver algum bónus para os administradores pela
atividade desenvolvida já há alguns anos. Os acionistas decidiram que era assim
e que assim é que devia ser feito», afirmou o presidente e sócio da ESCOM,
acrescentando que «foi com Ricardo Salgado que se falou».
Em
resposta às perguntas da deputada Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda, o
residente da ESCOM confessou que montaram um esquema sofisticado com o objetivo
claro de fugir aos impostos em Portugal. Para isso, constituíram um fundo no
Panamá.
As
contas com o fisco, garante o Presidente da ESCOM, foram mais tarde todas
regularizadas ao abrigo regime especial aprovado pelo Parlamento.
A
ESCOM foi consultora do German Submarine Consorcium, ao qual o Estado português
adjudicou, em 2004, o concurso para dois submarinos, cujo primeiro viria a ser
entregue em 2010, com custos superiores a 800 milhões de euros, mas com
contrapartidas previstas, pelo menos, de 100%.
Ana
Catarina Santos
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