quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Posição da Guiné-Bissau no mundo ainda é frágil, diz primeiro-ministro




O primeiro-ministro da Guiné Bissau, Domingos Simões Pereira, disse, na Praia, capital cabo-verdiana, que, apesar dos esforços para o relançamento do país, a sua posição perante o mundo "é ainda frágil".

Praia - O primeiro-ministro da Guiné Bissau, Domingos Simões Pereira, disse, terça-feira, na Praia, capital cabo-verdiana, que, apesar dos esforços para o relançamento do país, a sua posição perante o mundo "é ainda frágil".

Domingos Simões Pereira, que chegou segunda-feira à noite a Cabo Verde para uma visita de três dias, fez essas considerações à imprensa depois de uma reunião com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves.

"Apesar de termos conseguido formar um Governo de inclusão, apesar de o programa ter sido aprovado por unanimidade, apesar de termos uma Assembleia que colabora nas ações governativas, temos de reconhecer que a posição da Guiné-Bissau é ainda frágil no mundo", disse, admitindo que é muito difícil "sermos advogados da nossa própria causa".

Por isso, o governante disse esperar que Cabo Verde, "um país irmão",  ponha à disposição da Guiné-Bissau a sua experiência, não só em relação às reformas que serão necessárias, mas também "no acompanhamento de várias situações que nós queremos levar ao mundo e partilhar com os nossos parceiros".

Domingos Simões Pereira afirmou que a Guiné-Bissau está a fazer o "seu percurso" para a construção da democracia que se almeja, sublinhando que se trata de um percurso que é preciso ser monitorizado pelos políticos nacionais, visando a criação de valores de uma nação que merce ser preservada.

O chefe do Governo garantiu que a Guiné-Bissau e "todos os seus políticos" têm o "consenso" de que é preciso "construir o país, consolidar a paz e a estabilidade".

Por isso, espera que da conferência de doadores de Genebra saiam "sinais concretos" e capazes de demonstrar que a "comunidade internacional está com a Guiné-Bissau".

Referindo-se aos militares, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau adiantou que o seu Governo tem vindo a construir uma relação de entendimento com as instâncias militares, facto comprovado, segundo ele,  com a reforma que está sendo implementada.

No que respeita às relações diplomáticas entre Guiné-Bissau e Cabo Verde, o chefe do Governo bissau-guineense afirmou que esta visita vem "consolidar o sentimento de proximidade e do interesse" do seu país em retomar as ligações existentes.

As relações diplomáticas entre os dois países conheceram momentos perturbados no passado recente, depois de Cabo Verde não ter reconhecido o regime resultante do último golpe de Estado militar na Guiné-Bissau.

África 21 com Panapress

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