Sydney,
Austrália, 06 mar (Lusa) - O primeiro-ministro australiano Tony Abbott criticou
hoje o tratamento a que estão a ser sujeitos os dois australianos condenados à
morte na Indonésia, numa altura em que a sua execução pode vir a ser adiada.
Andrew
Chan e Myuran Sukumaran, condenados em 2006 à pena capital por tráfico de
droga, foram transferidos na quarta-feira para a ilha de Nusakambangan, onde se
espera que sejam executados.
A
Austrália diz-se consternada com os procedimentos de segurança em torno da sua
transferência, que incluiu dezenas de polícias com armas na mão, e indignada
com o facto de as fotografias tiradas aos prisioneiros no avião terem sido
autorizadas a circular.
Uma
das fotos mostra um comissário da polícia de Denpasar, capital da ilha de Bali,
que se acredita ser Djoko Hari Utomo, a tirar uma 'selfie' com a mão nas costas
de Andrew Chan, de rosto pálido.
Noutra
fotografia, o comissário tem a mão no ombro de Myuran Sukumaran, que olha para
ele.
"Senti
que [aquelas imagens] eram inapropriadas e mostram uma falta de respeito e
dignidade, e já fizemos saber da nossa indignação ao embaixador indonésio aqui
em Camberra", declarou Tony Abbott.
Uma
vez na ilha de Nusakambangan, os condenados à morte são notificados da data da
execução com 72 horas de antecedência, o que ainda não aconteceu, e, de acordo
com informações da imprensa australiana divulgadas hoje, a aplicação da pena
pode ser adiada.
A
televisão ABC citou o ministro indonésio da Justiça e Direitos do Homem,
Yasonna Laoly, que disse que poderá haver "um curto atraso". Já a
Fairfax Media, citou um procurador-geral, Muhammad Prasetyo, que entende que
esse atraso pode ser mais longo.
"Em
relação ao aviso antes da execução dado aos condenados, é de três dias, no
mínimo, mas pode ir até aos 10 dias", disse.
ISG
// JCS
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