Huambo
- O Governo Provincial do Huambo acusou hoje, terça-feira, o partido Unita de
ter orquestrado um plano político para ser executado pela seita adventista do
7º Dia a “Luz do Mundo”.
O
plano consistia em levar as populações a abandonarem as suas residências, para
se fixarem nas matas, sobretudo nas ex-bases militares da Unita.
Num
comunicado distribuído à Angop, o governo provincial explica que a referida
seita, aproveitando-se da fé dos seus seguidores, meteu em marcha um plano
político bem orquestrado e orientado, com muitos traços que identificam a
actuação política da Unita.
Lembra
que no âmbito da execução do mandato de captura, emitido pela
Procuradoria-Geral da República, as autoridades policiais encontraram no morro
do Sumé muito material de propaganda da Unita, incluindo cartões de membros
dessa organização, recentemente emitidos e assinados pelo seu secretário
provincial, Liberty Chiayaka.
“Paradoxalmente,
a Unita leva a cabo uma propaganda hipócrita, enganosa e mentirosa de que foi o
Governo quem deixou e plantou o material de propaganda, através de um
helicóptero, quando, de facto, este aparelho só se deslocou ao Sumé dois dias
depois do sucedido”, lê-se no documento.
A
Unita, prossegue, é que protagoniza, de facto, acções de intolerância política,
muitas delas de carácter subversivo, acusando o Governo das responsabilidades
dos seus próprios actos.
O
Governo da Província do Huambo afirma que, no âmbito das suas responsabilidades
e diante dos acontecimentos, priorizou as exéquias dos agentes da autoridade,
devidamente identificados, deixando para posterior a identificação e o enterro
dos elementos que se envolveram nas acções contra a polícia, de que resultou na
morte de treze deles.
Assim,
comunica a todas as pessoas que eventualmente tenham algum membro da sua
família envolvido na troca de tiros, que vitimou mortalmente efectivos da
polícia, no sentido de dirigirem-se à casa mortuária do Hospital Geral do
Huambo, para possível identificação dos cadáveres recolhidos no local até as 12
horas do dia 23 deste mês, para a realização dos funerais.
Conclui
alertando, mais uma vez, a população e os religiosos, em particular, para a
vigilância e obediência aos órgãos de Defesa e Segurança, devendo denunciar
oportunamente quaisquer intentos contra a ordem pública, a paz e unidade
nacional.
Angop
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