terça-feira, 5 de maio de 2015

Angola. TERRA DE OPORTUNIDADES



Jornal de Angola, editorial

Um dos grandes problemas do continente africano é a falta de infra-estruturas capazes de relançar o crescimento e o desenvolvimento económico.

Várias são as razões por que não há em muitos países de África infra-estruturas que possam contribuir para retirar o continente  do subdesenvolvimento, entre as quais avulta a falta de recursos financeiros  para  realizar investimentos reprodutivos.

Há já em África muitos exemplos de boas políticas económicas que estão a abrir novos caminhos para que as populações africanas possam evoluir para processos que os conduzam à prosperidade. Hoje no continente o tema do desenvolvimento e do combate à pobreza é frequentemente debatido em vários fóruns. Continente de imensos recursos naturais, a África atrai a atenção de todo o mundo, com muitos empresários e economistas a apostar numa revolução em termos económicos no continente berço da humanidade.

Muitos  investidores estão cada vez centrados em África, apesar de haver ainda em algumas regiões focos de instabilidade política. Para esses investidores, África é terra de oportunidades, sendo grande o interesse de prestigiadas empresas em realizar projectos produtivos em vários domínios.

Há países africanos que, em face da possibilidade de muitas empresas doutros continentes neles se instalarem, fazem a sua parte, apostando no financiamento de infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e portuárias e na distribuição de energia e água, na perspectiva de proporcionar um ambiente que ajude a viabilizar rapidamente projectos  produtivos de vária natureza.

Há um fenómeno que tem agradado a muitos Governos africanos. Filhos do continente no exterior têm  regressado aos países de origem para aplicar capitais em múltiplos negócios, estando a emergir no continente uma classe de empresários com sucesso que vão criando oportunidades de emprego a milhares de jovens.

Esses filhos do continente, com conhecimento e dinheiro, têm criado uma nova dinâmica ao nível do empresariado africano e o seu exemplo como empreendedores está certamente a contagiar outros africanos que vivem dentro e fora de África.

Uma nova vaga de empresários africanos está a destacar-se pelas suas ideias inovadoras  e a adaptar-se bem às condições de um continente que tem ainda de percorrer um longo caminho para atingir a excelência em muitos sectores produtivos e para ter empresas  competitivas. 

Mas tudo tem sido feito por vários Estados de África para que o sector empresarial  público e privado seja forte e gere resultados. Há Estados que estão a apostar nos seus talentos, proporcionando-lhes condições de estudo para elevarem as suas competências. Assiste-se já à tendência para se melhorar a qualidade do ensino no continente, com vista a que os quadros  formados sejam capazes de assegurar no sector empresarial  negócios de alta rentabilidade, com repercussões positivas ao nível do emprego. 

As políticas públicas de educação e ensino têm de estar focadas no processo de desenvolvimento e é inegável que é a qualidade de quadros que pode contribuir para que tenhamos boas empresas e uma boa Administração Pública, que esteja em sintonia com  os grandes projectos de criação de riqueza.

O investimento na educação e ensino terá inevitavelmente um retorno que se vai traduzir em boa qualidade de vida dos povos de África. O desenvolvimento vai resultar da nossa capacidade para, por via da produção, satisfazermos necessidades colectivas em quantidade e qualidade. A qualidade de vida é a grande meta a atingir. 

Mas é necessário que preparemos primeiro a base sobre a qual vai assentar o crescimento e o desenvolvimento. E essa base chama-se infra-estrutura e é nela que se tem de trabalhar arduamente para que possamos construir um edifício com alicerces  permanentemente seguros. Se cuidarmos bem da base infra-estrutural, há garantias de  transformarmos África num continente bom para se viver, sem pobreza, sem doenças, sem fome.

Realizou-se recentemente em Luanda  um fórum sobre Investimentos em Infra-Estruturas em África e mais uma vez houve ocasião para se discutirem questões sobre o papel das instituições públicas e das empresas privadas numa área vital para a vida das populações do continente. Que depois do fórum apareçam acções concretas ao nível do desenvolvimento de infra-estruturas, para que o continente africano venha a ser realmente um espaço de grandes oportunidades.

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