terça-feira, 5 de maio de 2015

Portugal - Legislativas. Eleições em outubro forçam meses de gestão sem Orçamento




A caminho da Noruega, Cavaco Silva deu a entender que a sua preferência em termos de data para a realização de legislativas é outubro. Há dois domingos que se destacam como candidatos a dia de eleições: 4 e 11 de outubro. Já quanto à apresentação do Orçamento, as dúvidas são maiores.

Se os prazos legais forem cumpridos, o Governo que sair das eleições legislativas, no próximo mês de outubro, irá governar nos primeiros tempos sem um Orçamento novo.

Explica o Diário de Notícias que o novo Executivo terá até janeiro/fevereiro para entregar o Orçamento do Estado para 2016. Depois, devem seguir-se 45 dias de debate na Assembleia da República e respetivas votações.

Cumprindo estes trâmites, o país pode estar até março sem um Orçamento delineado para 2016 já pelo novo Governo. Isto porque mesmo que a ministra das Finanças apresente um novo documento, este já não tem valor legal. “Propostas de lei e de referendo caducam com a demissão do Governo”, como manda a Constituição no artigo 167º, citado pelo mesmo jornal.

O que virá então? Na prática, poderemos estar até ao mês de março em gestão por duodécimos. Isto significa que, em cada mês em que não estiver em vigor o Orçamento do Estado para 2016, os serviços do Estado terão à sua disposição um valor equivalente a um doze-avos do total do Orçamento do ano anterior.

Recorde-se que, esta situação ocorreu depois de José Sócrates ter sido eleito em 2009 para um segundo mandato. Apesar de até o ministro das Finanças de então ser o mesmo do governo anterior, Teixeira dos Santos, o Estado teve de ‘governar-se’ nos primeiros meses de 2010 em gestão por duodécimos, já que a votação final do Orçamento do Estado para 2010 decorreu apenas a 12 de março.

Notícias ao Minuto

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