A
presidente da Associação Portuguesa de Reformados e Pensionistas (APRE), Maria
do Rosário Gama, afirmou hoje que a ministra das Finanças acaba de fazer um
convite para que os reformados não votem na coligação PSD/CDS-PP.
Mária
do Rosário Gama, dirigente socialista, falava aos jornalistas no final da
primeira parte da reunião da Comissão Nacional do PS, durante a qual disse
manter as suas divergências face à possibilidade de o programa eleitoral prever
uma redução da taxa social única (TSU) para empregadores e trabalhadores em
quatro pontos percentuais.
Mas
a presidente do APRE foi particularmente crítica em relação às afirmações
proferidas pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, no sábado, que
insistiu na necessidade de uma poupança de 600 milhões de euros nas despesas do
sistema de Segurança Social.
"A
ministra das Finanças acabou de fazer um convite aos reformados e pensionistas
para que não votem na coligação PSD/CDS nas próximas eleições legislativas e
insistiu numa medida que já foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Mas
mais: a ministra das Finanças falou no corte das pensões em pagamento num
encontro com jovens [sociais-democratas], procurando desta forma alimentar um
conflito entre gerações", acusou.
Em
relação à parte do programa eleitoral do PS em que se prevê uma redução gradual
da TSU, a dirigente socialista reiterou as críticas que já fizera na
quarta-feira à noite, durante uma reunião da Comissão Política do PS.
"Continuo
a acreditar que não se deve mexer na TSU, porque é uma taxa contributiva que
constitui uma importante receita do sistema de Segurança Social. Concordo com
muita coisa do programa eleitoral do PS, designadamente com a ideia de
diversificar as fontes de receita da Segurança Social. Mas a diversificação
deve ser para reforçar o sistema", advertiu a presidente da APRE.
Interrogada
sobre o seu sentido de voto em relação ao programa eleitoral do PS, Maria do
Rosário Gama repetiu que admite o voto contra, mas não nesta reunião da
Comissão Nacional, órgão no qual tem lugar por inerência, mas sem direito a
voto.
"Nesta
reunião não voto, mas na Convenção Nacional do PS [a 05 e 06 de junho] vamos
ver", referiu.
PMF
// JLG - Noticias Ao Minuto/Lusa
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