A
antiga diretora do DCIAP afirmou não poder dizer por que é que o processo do
ex-ministro não foi encaminhado para a Judiciária.
A
Polícia Judiciária poderá ter sido impedida de investigar o ex-ministro Dias
Loureiro no âmbito do caso BPN. O Correio da Manhã conta que o processo estará parado há
alguns anos, e que desde 2009 que a antiga diretora do Departamento Central de
Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida, terá prometido à PJ enviar
o processo relativo ao ex-ministro.
Segundo
o Correio da Manhã, Cândida Almeida terá dito que passaria à PJ o processo
relativo a Dias Loureiro no âmbito do caso BPN se a Judiciária reforçasse a
equipa que investiga crimes económicos. Cândida Almeida disse ao CM que se
tinha reunido com o atual dirigente da PJ, Almeida Rodrigues, e que estava
previsto um reforço dessa equipa, em particular no âmbito das suspeitas de
fraude no BPN.
O
CM conta que apesar do reforço das equipas da PJ, a Judiciária não recebeu o
alegado processo relativo a Dias Loureiro, embora tenha recebido outros de
arguidos menos mediáticos envolvidos no caso BPN. Dias Loureiro, apesar de ter
sido constituído arguido no caso em 2009, não voltou a ser
interrogado. Questionada pelo Correio da Manhã, Cândida Almeida afirmou não
poder dizer por que é que o processo não tinha sido encaminhado para a
Judiciária.
A
investigação ao BPN começou em 2008, após a nacionalização do banco. Dias
Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e da Administração Interna de
Cavaco Silva, foi constituído arguido em 2009.
Diário
de Notícias
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