Mesmo
que a cuspidela alegada pelo subcomissário seja verdade, as regras da PSP são
claras: polícia não podia ter agredido adepto do Benfica.
O subcomissário
Filipe Silva infringiu as normas da PSP sobre o uso de força. Mesmo que a sua
versão dos factos seja totalmente verdadeira — o polícia alega que o adepto
benfiquista José Magalhães o injuriou, ameaçou e cuspiu na cara — as
orientações da PSP são claras: a única reação admissível para um caso de
injúrias ( cuspir é considerado injúria) é a ordem de prisão. E se o adepto
resistisse à detenção, o polícia só poderia usar o bastão para o controlar, e
nunca para bater, como as imagens mostram. “É uma situação clara de uso
excessivo de força”, garante o juiz conselheiro Mário Mendes, antigo secretário-geral
do Sistema de Segurança Interna. “Não há qualquer reação física por parte do
adepto do Benfica, o procedimento correto teria sido detê-lo. Mais nada”,
acrescenta o magistrado.
Ministra
dá 30 dias para a PSP concluir inquéritos das agressões policiais
Os
incidentes em Guimarães e no Marquês de Pombal vão ser investigados pela
Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI).
abela
Rodrigues, a ministra da Administração Interna, deu trinta dias para os
inquéritos da PSP em relação aos incidentes em Guimarães e no Marquês de
Pombal, em Lisboa, estarem concluídos.
O
inquérito, determinado à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), tem
como objetivo "o apuramento dos factos praticados por todos os elementos
da Polícia de Segurança Pública que tiveram intervenção nos incidentes
ocorridos junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, e que envolveram
agente da PSP e adeptos de futebol", refere fonte oficial do MAI.
Além
das agressões em Guimarães, a ministra da Administração Interna determinou
também à IGAI "a abertura de um processo de inquérito com vista ao
apuramento dos factos praticados por todos os elementos da Polícia de Segurança
Pública que tiveram intervenção nos incidentes ocorridos junto ao Marquês de
Pombal e artérias adjacentes, que envolveram elementos da PSP e adeptos de
futebol".
Expresso
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