Admite-se
que dinheiro seja de empresas brasileiras que actuam em Angola e destinava-se
ao PT
Voz
da América
O
publicista brasileiro João Santana, que dirigiu a campanha de 2012 do
Presidente angolano José Eduardo dos Santos, está a ser investigado pela
Polícia Federal do seu país por lavagem de dinheiro. Ele diz ter recebido 20
milhões de dólares para fazer a campanha de Santos, 16 milhões dos quais foram
transferidos de Angola para o Brasil.
Santana,
que é publicista do PT, partido no poder, é investigado por ter alegadamente
levado para o Brasil através das suas empresas 16 milhões de dólares em 2012,
numa operação que, segundo o jornal Folha de São Paulo, os investigadores
suspeitam ser de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT.
A
oposição diz apoiar a investigação.
O
líder do PSDB na Câmara dos Deputados Carlos Sampaio evocou os escândalos do
“mensalão” e do “petrolão” que, segundo ele, “foram arquitectados para desviar
dinheiro público o financiar o projecto do PT para se manter no poder.
“Sendo
o marqueteiro João Santana uma peça importante nessa obsessão petista do poder,
é provável, como desconfia a Polícia Federal, que os recursos trazidos
para Brasil de Angola tenham como origem empresas brasileiras que prestam
serviço no país africano”, disse Sampo àquele jornal.
O
líder do PPS na Câmara dos Deputados Rubens Bueno, por seu lado, afirmou ser
importante apurar a origem do dinheiro.
“É
um caso que não pode cair no esquecimento como aconteceu com os pagamentos
feitos pelo PT no exterior ao marqueteiro Duda Mendonça na época do mensaçao”,
lembrou.
Em
resposta, o PT divulgou onte, 3, um comunicado no qual considera satisfatórias
“as explicações e provas documentais divulgados pela Pólis”, a empresa do
publicista João Santana investigada pelas autoridades.
A
Pólis criou um site (Averdadesobreapolis.com.br) em que revela os seus negócios
no exterior e diz que tudo foi feito legalmente.
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