terça-feira, 5 de maio de 2015

Publicista que recebeu 20 milhões de U$D para fazer campanha de JES investigado no Brasil




Admite-se que dinheiro seja de empresas brasileiras que actuam em Angola e destinava-se ao PT

Voz da América

O publicista brasileiro João Santana, que dirigiu a campanha de 2012 do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, está a ser investigado pela Polícia Federal do seu país por lavagem de dinheiro. Ele diz ter recebido 20 milhões de dólares para fazer a campanha de Santos, 16 milhões dos quais foram transferidos de Angola para o Brasil.

Santana, que é publicista do PT, partido no poder, é investigado por ter alegadamente levado para o Brasil através das suas empresas 16 milhões de dólares em 2012, numa operação que, segundo o jornal Folha de São Paulo, os investigadores suspeitam ser de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT.

A oposição diz apoiar a investigação.

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados Carlos Sampaio evocou os escândalos do “mensalão” e do “petrolão” que, segundo ele, “foram arquitectados para desviar dinheiro público o financiar o projecto do PT para se manter no poder.

“Sendo o marqueteiro João Santana uma peça importante nessa obsessão petista do poder, é provável, como desconfia a Polícia Federal, que os recursos trazidos para  Brasil de Angola tenham como origem empresas brasileiras que prestam serviço no país africano”, disse Sampo àquele jornal.

O líder do PPS na Câmara dos Deputados Rubens Bueno, por seu lado, afirmou ser importante apurar a origem do dinheiro.

“É um caso que não pode cair no esquecimento como aconteceu com os pagamentos feitos pelo PT no exterior ao marqueteiro Duda Mendonça na época do mensaçao”, lembrou.

Em resposta, o PT divulgou onte, 3, um comunicado no qual considera satisfatórias “as explicações e provas documentais divulgados pela Pólis”, a empresa do publicista João Santana investigada pelas autoridades.

A Pólis criou um site (Averdadesobreapolis.com.br) em que revela os seus negócios no exterior e diz que tudo foi feito legalmente.

Sem comentários:

Mais lidas da semana