Pequim,
23 jun (Lusa) - A China convidou militares estrangeiros para participarem na
parada comemorativa do 70.º aniversário do final da II Guerra Mundial, numa
iniciativa inédita no país, marcada para 03 de setembro em Pequim, anunciou
hoje um responsável da organização.
É
também a primeira vez que a efeméride vai ser assinalada com uma parada militar
e este ano, igualmente pela primeira vez, o dia 03 de setembro será feriado
nacional na China.
"Esperamos
que através desta parada deste ano, história e futuro fiquem ligados",
disse Qu Rui, vice-chefe de operações do estado-maior do Exercito Popular de
Libertação (o nome oficial das Forças Armadas chinesas), numa conferência de
imprensa em Pequim.
O
responsável não identificou os países convidados.
"Enviámos
os convites e as tropas estrangeiras que desejem participar na parada são
bem-vindas. O convite mostra o desejo da China e de todos os povos de manter a
paz mundial", afirmou Qi Rui.
Na
mesma conferência de imprensa, Wang Shiming, vice-diretor do Departamento de
Propaganda do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), saudou o
"o precioso apoio" que outros países deram à China durante os oito
anos da "guerra contra a agressão japonesa" (1937-45).
Além
da antiga União Soviética, que descreveu como "o primeiro país a ajudar a
China", Wang Shiming mencionou os Estados Unidos, Reino Unido e França, e
ainda "pessoas de dezenas de outros países".
"O
povo chinês nunca esquecerá o precioso contributo de pessoas de muitos
países", disse.
Wang
Shiming considerou, contudo, que "falta a alguns ocidentais uma objetiva e
justa avaliação do papel da China na guerra mundial contra o fascismo".
Segundo
estimativas chinesas, o número de baixas, civis e militares, sofridas pela
China durante a guerra excede os 35 milhões.
O
03 de setembro foi instituído o ano passado como Dia Nacional da Vitória da
China na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa.
A
data evoca a rendição do Japão, assinada a 02 de setembro de 1945 a bordo de um
navio da marinha norte-americana pelo então ministro japonês dos Negócios
Estrangeiros
AC
// APN
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