segunda-feira, 8 de junho de 2015

GOVERNO TIMORENSE E PARCEIROS INTERNACIONAIS ANALISAM COOPERAÇÃO




Díli, 08 jun (Lusa) - O Governo timorense e os parceiros de desenvolvimento analisaram este fim-de-semana programas de cooperação que ajudem a implementar as prioridades do executivo a médio prazo, nomeadamente para consolidar as instituições do país.

A Reunião dos Parceiros de Desenvolvimento de Timor-Leste (RPDTL) foi a primeira a ocorrer sob o mandato do VI Governo Constitucional, que tomou posse a 16 de fevereiro e que deu a conhecer, pelo primeiro-ministro, as metas alcançadas nos seus primeiros 100 dias.

Rui Maria de Araújo, anfitrião dos principais parceiros bilaterais e multilaterais de Timor-Leste (incluindo Portugal, Austrália, Japão, Coreia do Sul, UE e Banco Mundial), destacou o momento de estabilidade que se vive no país e a aposta renovada no fortalecimento das infraestruturas e na melhoria dos serviços do Estado.

Apesar das melhorias, disse, Timor-Leste continua a enfrentar "muitos desafios", com um setor importante da população ainda a viver em condições precárias, uma crescente desigualdade entre aqueles que habitam em Díli e os que vivem nos distritos, e a necessidade premente de melhorar a "prestação de serviços públicos e a qualidade das obras públicas do Governo".

Além dos temas relacionados com Timor-Leste, o encontro abordou ainda aspetos com o relacionamento com a CPLP e com os países membros do G7, com intervenções do chefe da diplomacia, Hernâni Coelho.

Os países do g7+, por seu lado, "expressaram a sua gratidão pelo apoio e liderança que Timor-Leste tem dado ao grupo" tendo um representante da Guiné-Bissau destacado o apoio crucial timorense para a realização das eleições no país.

Presente no encontro de Díli, o ministro do Planeamento e Cooperação Internacional da República Centro-Africana, Florence Limbio, elogiou também os esforços que estão a ser feitos por Timor-Leste no seu país, especialmente desde a recente visita de Xanana Gusmão.
No encerramento do encontro, Rui Araújo saudou o facto de os parceiros de desenvolvimento manterem programas de apoio a Timor-Leste, desenvolvendo-os de acordo com as prioridades nacionais.

"Timor-Leste fez grandes progressos enquanto nação. Podemos orgulhar-nos do que já conseguimos. Não obstante isto, continuamos a ser um Estado frágil que precisa consolidar as suas instituições e aumentar a sua resiliência. Não podemos tornar-nos uma nação estável, pacífica e próspera sem construirmos instituições sólidas e responsáveis", afirmou.

Rui Araújo aproveitou para reiterar a aposta do seu Governo na melhoria da ação governativa, com reforço da qualidade e cobertura dos serviços públicos e melhorias na comunicação interministerial, entre outros aspetos.

"Sem coordenação entre as nossas linhas ministeriais não será possível obter resultados. Por exemplo, não será possível melhorarmos os resultados a nível de ensino se as nossas crianças não estiverem bem alimentadas e se não receberem os cuidados de saúde primários e o apoio familiar de que necessitam", referiu.

ASP // VM

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