terça-feira, 7 de julho de 2015

Passos Coelho visitou Bissau. Acordos rubricados orçam 26 mil milhões de francos cfa




Os governos da Guiné-Bissau e de Portugal rubricaram hoje acordos avaliados em 40 milhões de euros (cerca de 26 mil milhões de francos cfa) no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação (PEC), para os anos 2015/20.

Na ocasião o Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira, revelou que para além da assinatura do acordo Programa Estratégico de Cooperação, passaram em revista um conjunto de importantes ações que estão a ser desenvolvidas pelos dois governos.

O Programa Estratégico de Cooperação é um instrumento relevante, que resultou de um trabalho conjunto entre os governos dos dois países no qual as ações de cooperação bilateral foram concertadas com o Plano Estratégico Operacional "Terra Ranca”, vigente no país, afirmou o Primeiro-ministro português depois da assinatura do acordo.

Domingos Simões Pereira e Pedro Passos Coelhos, em conferência de imprensa conjunta falaram dos acordos rubricados.

O Primeiro-ministro português explicou que o PEC contempla múltiplas vertentes nomeadamente, as áreas da defesa, justiça, educação, emprego, saúde, modernização administrativa, ambiente, energia e desenvolvimento rural.

"Trata-se de um compromisso para o futuro, pois queremos dar prioridade à concretização do nosso apoio à Guiné-Bissau", declarou.

Pedro Passos Coelho sublinhou que o quadro das relações entre a União Europeia e a Guiné-Bissau está congratulado com a conclusão, no ano passado, das negociações de acordos de parcerias económicas com a África Ocidental na qual está integrada o país.

"Saúdo igualmente a recente entrada em vigor do novo protocolo de pescas celebrado entre a União Europeia e a Guiné-Bissau o que permite a retoma das actividades de pescas nas águas territoriais guineense e dar continuidade ao apoio financeiro da organização comunitária europeia ao sector das pescas guineense", disse.

Pedro Passos Coelho frisou que Portugal e a Guiné-Bissau possuem um vasto leque de oportunidades e que o seu governo manterá o seu apoio ao executivo e ao povo da Guineense. No entanto, revelou que Portugal sempre esteve empenhado em apoiar o povo guineense no processo de recuperação da ordem constitucional e da retoma do progresso.

"A minha visita pretende fortalecer as relações bilaterais entre os nossos dois povos mas acima de tudo a minha intenção serve para transmitir um sinal claro de grande confiança institucional reforçando a percepção positiva que a Guiné-Bissau vem adquirindo por mérito próprio junto dos investidores internacionais, das instituições multilaterais e da comunidade internacional em geral", explicou.

Conforme o chefe do Governo guineense, as partes falaram da situação da segurança interna, do Golfo da Guiné, com particular referência a todo o Atlântico Sul nomeadamente os planos que é possível desenvolver entre os dois Estados para o incremento dessa segurança.

Domingos Simões Pereira afirmou que a parte guineense manifestou interesse em beneficiar de todo o apoio que tem sido dado e chamou atenção para um apoio concreto que Portugal está a dar para o reforço da capacidade naval da Guiné-Bissau através de ações conjuntas de forma a aumentar o controlo das águas territoriais.

“Abordamos com o primeiro-ministro Passos Coelho, as questões relativas aos apoios que Portugal está a dar no domínio da saúde, nomeadamente, no combate e prevenção do ébola, através da instalação de laboratório de triagem, a formação de técnicos nesse domínio e varias outras ações.

O primeiro-ministro de Portugal fez hoje uma visita de algumas horas a Bissau. O programa foi concluído  com um encontro entre Passos Coelho e Miguel Trovoada, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, seguido de uma recepção à comunidade portuguesa.

Pedro Passos Coelho foi recebido a tarde pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, e o Presidente da República José Mário Vaz.

Pedro Passos Coelho fez-se acompanhar, nas deslocações a Cabo Verde e à Guiné-Bissau, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o ministro da Saúde, Paulo Macedo.


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