quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Brasil. GOVERNO DILMA ACABOU!



João Jorge Braga – Debates Culturais

Não há outra coisa a se dizer sobre o governo Dilma: ele acabou! A situação de governabilidade de Dilma Rousseff está insustentável. Em nenhum país do mundo um governo conseguiria se manter no poder diante de tantos escândalos, ações na justiça e perda de bancada política.

Somente nesta terça-feira o governo Dilma sofreu todas as derrotas possíveis e merecidas. Não conseguiu votar os vetos no Congresso Nacional, o TSE reabriu uma ação de cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e por suspeita de desvio de verbas da Petrobrás para financiar a campanha à reeleição, além das desesperadas tentativas de adiar o julgamento das contas do governo Dilma Rousseff em 2014 agendado para acontecer nesta quarta-feira. E agora, de última hora, parte considerável da base aliada do governo na Câmara dos Deputados se dissolveu, ou seja, não tem mais como garantir votações importantes de interesse do governo. É adeus à CPMF e outras votações mais, que o governo tanto necessita para subsistir.

O fato é que o governo Dilma está perdendo em todas as esferas e seus aliados já o está abandonando, inclusive Dias Toffoli, que votou no TSE pela reabertura da ação de cassação da chapa governista à reeleição proposta pelo PSDB.

Quanto ao Tribunal de Contas da União, o governo, por intermédio da Advocacia Geral da União, recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar suspender o julgamento das contas de 2014 com suas respectivas pedaladas fiscais, que tudo indica deverão ser rejeitadas por unanimidade pelos ministros do TCU. Para azar do governo a relatoria do pedido de suspensão no STF acabou caindo nas mão de Luiz Fux, que não costuma se intimidar com as pressões petistas do Planalto.

Agora, com o Eduardo Cunha ou sem Eduardo Cunha, o caminho para o impeachment está completamente aberto e este “governinho” não tem mais como espernear. Acabou!

*João Jorge Braga é natural de Minas Gerais e estuda a política brasileira desde 1950.

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