Os
chefes de missão das Nações Unidas na África Ocidental estão preocupados com a
falta de garantias de uma “estabilidade duradoura” na Guiné-Bissau, anunciaram
hoje em comunicado.
Os
dirigentes “manifestaram preocupação com a ausência de um clima de estabilidade
duradoura na Guiné-Bissau, apesar das elevadas expectativas que se seguiram à
restauração da ordem constitucional” com as eleições de 2014.
O
comunicado surge na sequência de uma reunião dos responsáveis pela presença da
ONU na sub-região, encontro realizado na sexta-feira, em Abidjan, Costa do
Marfim.
Os
chefes de missão exortaram os atores políticos e institucionais da Guiné-Bissau
a estabelecerem vias de diálogo, “a fim de criar um ambiente propício para a
execução do programa de desenvolvimento do país”.
O
Governo eleito em 2014 angariou mil milhões de intenções de apoio numa mesa
redonda de doadores realizada em março, em Bruxelas, mas em agosto o Presidente
da República demitiu o Executivo e a crise política travou a expetativa
internacional.
Uma
nova equipa governamental foi empossada em outubro para dar continuidade à
estratégia de desenvolvimento.
O
programa de Governo e o Orçamento Geral do Estado para 2016 vão ser votados na
Assembleia Nacional Popular nas próximas semanas.
A
reunião de chefes de missão da ONU realiza-se duas vezes por ano para rever o
progresso na implementação dos respectivos mandatos na região, reforçar a
coordenação e enfrentar os desafios comuns em matéria de eleições, segurança,
crime organizado e extremismo violento.
Lusa,
em O Democrata
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