quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

MADURO ANUNCIA REESTRUTURAÇÃO “EM TODAS AS ÁREAS DO GOVERNO” DA VENEZUELA



Opera Mundi, São Paulo

Presidente venezuelano pediu que ministros 'coloquem cargo à disposição' e questionou MUD: ' Será possível a Assembleia Nacional nas mãos da direita?'

"Pedi ao Conselho de Ministros que ponham seus cargos à disposição para fazer um processo de reestruturação, renovação e reforma profundo de todo o governo nacional", afirmou o mandatário durante seu programa de rádio e televisão, "Em contato com Maduro".

A declaração ocorreu pouco após o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) informar que a coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) conquistou 109 de 167 cadeiras da Assembleia Nacional. Já o governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) obteve 55 assentos.

"Peço o apoio de todo o país, quero continuar com as missões, as grandes missões, mas há uma dúvida: Será possível com a Assembleia Nacional nas mãos da direita? Deixo essa dúvida no meio do debate. Poderemos continuar com o modelo de inclusão social, de justiça, de felicidade e de socialismo?", questionou Maduro.

Pela primeira vez em 15 anos, a aliança opositora conservadora terá a maioria qualificada no Parlamento, conquistando poderes políticos inéditos ao MUD, como aprovar e modificar leis, submeter a referendo tratados internacionais e projetos de lei, entre outros direitos previstos na Constituição do país.

Apesar de ter reconhecido a derrota do PSUV logo após a divulgação do resultado oficial, Maduro criticou a oposição em seu programa semanal. "Os maus se impuseram, os maus ganharam, ganharam como ganham os maus, com a mentira, com o engano, com a oferta enganosa, com a fraude", comentou.

Na madrugada de segunda-feira (07/12), o chavismo sofreu revés histórico nas eleições legislativas da Venezuela. O pleito não se tratou de uma simples disputa pelos 167 assentos da Assembleia Nacional: realizada em meio a uma pesada crise econômica e a quase três anos da morte de Hugo Chávez, as eleições ganharam um “sabor” de presidenciais, frente à importância que adquiriram tanto para o chavismo, quanto para a oposição.

Foto Efe

Leia mais em Opera Mundi

Sem comentários:

Mais lidas da semana