terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Portugal. Jerónimo de Sousa critica postura de Marcelo Rebelo de Sousa na campanha



O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa de ter feito durante anos "propaganda gratuita" nas televisões e de afirmar que não necessita de cartazes durante a campanha.

"Achei um piadão ontem (segunda-feira), Marcelo Rebelo de Sousa, naquele estilo próprio que tem em que dizia: 'bom, eu nem vou usar cartazes porque isso é um custo, é um gasto, o país não está para isso'. Obrigadinho, com as calças do meu pai também sou um homem porque, obviamente, anda há quatro ou há seis ou há não sei quantos anos nas televisões a fazer propaganda gratuita, portanto não precisa de cartazes", disse.

Jerónimo de Sousa, que falava em Campo Maior, no distrito de Portalegre, durante um almoço convívio com simpatizantes e militantes do PCP, criticou a entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa à SIC, na segunda-feira, sublinhando que o candidato tem que ser "derrotado" porque conta com o apoio da direita.

O atual chefe de Estado, Cavaco Silva, também não foi poupado por Jerónimo de Sousa durante o seu discurso, onde acusou o Presidente da República de ter desenvolvido um papel de "filiado no PSD" nos últimos anos.

"Cavaco Silva assumiu o seu papel de filiado no PSD, não de Presidente da República, não de presidente de todos os portugueses, mas claramente membro do PSD, que fez tudo para encontrar a solução que melhor convinha ao seu partido", disse.

O secretário-geral do PCP disse que Cavaco Silva "pisou o risco" em relação à Constituição, sublinhando que "não é disto" que o povo português necessita.

Jerónimo de Sousa disse ainda que PSD e CDS-PP vão apoiar nas eleições presidências a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa porque "querem recuperar nas presidenciais o que perderam nas eleições legislativas de dia 04 de outubro".

Em Campo Maior, Jerónimo de Sousa defendeu também a candidatura presidencial de Edgar Silva, o candidato apoiado pelo PCP, sublinhando que o candidato tem "dimensão social".

Lusa, em Notícias ao Minuto

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