O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o candidato
presidencial Marcelo Rebelo de Sousa de ter feito durante anos "propaganda
gratuita" nas televisões e de afirmar que não necessita de cartazes
durante a campanha.
"Achei
um piadão ontem (segunda-feira), Marcelo Rebelo de Sousa, naquele estilo
próprio que tem em que dizia: 'bom, eu nem vou usar cartazes porque isso é um
custo, é um gasto, o país não está para isso'. Obrigadinho, com as calças do
meu pai também sou um homem porque, obviamente, anda há quatro ou há seis ou há
não sei quantos anos nas televisões a fazer propaganda gratuita, portanto não
precisa de cartazes", disse.
Jerónimo
de Sousa, que falava em Campo Maior, no distrito de Portalegre, durante um
almoço convívio com simpatizantes e militantes do PCP, criticou a entrevista de
Marcelo Rebelo de Sousa à SIC, na segunda-feira, sublinhando que o candidato
tem que ser "derrotado" porque conta com o apoio da direita.
O
atual chefe de Estado, Cavaco Silva, também não foi poupado por Jerónimo de
Sousa durante o seu discurso, onde acusou o Presidente da República de ter
desenvolvido um papel de "filiado no PSD" nos últimos anos.
"Cavaco
Silva assumiu o seu papel de filiado no PSD, não de Presidente da República,
não de presidente de todos os portugueses, mas claramente membro do PSD, que
fez tudo para encontrar a solução que melhor convinha ao seu partido",
disse.
O
secretário-geral do PCP disse que Cavaco Silva "pisou o risco" em
relação à Constituição, sublinhando que "não é disto" que o povo
português necessita.
Jerónimo
de Sousa disse ainda que PSD e CDS-PP vão apoiar nas eleições presidências a
candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa porque "querem recuperar nas
presidenciais o que perderam nas eleições legislativas de dia 04 de
outubro".
Em
Campo Maior, Jerónimo de Sousa defendeu também a candidatura presidencial de
Edgar Silva, o candidato apoiado pelo PCP, sublinhando que o candidato tem
"dimensão social".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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