domingo, 31 de janeiro de 2016

Governo são-tomense retoma na segunda-feira negociações com professores em greve



"Houve negociações, houve discussões, o sindicato optou pela greve, mas nós sempre dissemos que estamos abertos para a discussão, acho que o sindicato também está disponível para regressar à mesa que abandonaram e segunda-feira vamos sentar-nos e vamos discutir", disse Patrice Trovoada, no seu regresso de uma visita a Marrocos.

Desde o dia 26 deste mês que o Sindicato dos Professores e Educadores de São Tomé e Príncipe (SINPRESTEP) decretou uma paralisação em todos os centros de ensino do país, que promete manter "por tempo indeterminado" enquanto não vir satisfeitas as suas reivindicações.

Os professores reivindicam a melhoria da sua "situação sócio económica precária", a necessidade de "dignificação da classe docente" e criticam a "falta de condições de trabalho".

"A greve é um direito, a greve visa efetivamente defender os interesses socioprofissionais de quem faz a greve, tomando em conta também o interesse da economia nacional. Não sou eu quem o diz, é a lei que o determina. Por conseguinte, vamos continuar a trabalhar, a negociar e vamos ver até onde podemos chegar a um ponto de acordo", sublinhou o governante.

Durante cerca de uma semana de paralisação, a que aderiram por pelo menos 90% dos professores, governo e sindicato trocaram acusações, com o principal partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social democrata (MLSTP-PSD) a acusar o executivo de falta de capacidade para lidar com as reivindicações dos professores.

"A maior das nossas preocupações como Governo e a minha pessoalmente é com as nossas crianças, a educação e o futuro que estamos a preparar para os jovens são-tomenses. Estamos preocupados também como os professores, com a qualidade do ensino, com as infraestruturas escolares", disse o primeiro-ministro são-tomense.

MYB // VM - Lusa

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