sábado, 13 de fevereiro de 2016

O PORTO APAGOU A LUZ NA LUZ. CHAMEM O ELETRICISTA!



Um pouco como em diferido desenterramos o futebol de ontem para o abordar hoje. Benfica - FC Porto foi o prato forte da noite de ontem. Uma sexta-feira chuvosa que transbordou rios e causou cheias em algumas cidades do norte e centro de Portugal. Em Lisboa a cheia foi no estádio da Luz: o Benfica meteu água em vez de golos. Ultimamente tem sido assim. Jesus abandonou o Benfica, os milagres foram-se embora e assentaram arraiais um pouco mais acima da mesma segunda-circular onde as águias e os leões partilham espaço com seus estádios. São clubes da mesma rua mas de cores diferentes. Jesus preferiu o verde, talvez tenha virado ecologista. Bronco como é esperemos que faça alguma coisa de útil pela natureza e denuncie os abusos dos que não respeitam nem pessoas, nem natureza, nem animais. Era uma boa “ola” para Jorge Jesus.

Não. Não viemos aqui para isto. Que se lixe Jesus, que se lixe o futebol ultra-milionário e parasita das mentes dos que necessitam de se alienar porque as suas vidas são uma merda e se pensarem a sério na realidade que os rodeiam dão em malucos. A alienação é um bem que nos faz parecer gente normal. Pena que tenham mudado o fado e que Fátima já não seja o que era: um milagre. Agora até deixou de o ser para se constituir num grande negócio, como o futebol ultra-milionário. O fado evoluiu, deixou de ser dos desgraçadinhos, dos do Portugal pequenino, dos encornados e traídos por mulheres megeras ou machistas gabarolas que papavam todas e mais algumas (só de imaginação e de pívia). O fado tem gente nova, de qualidade, culta, jovem, do melhor, que tem vindo a construir um novo fado, um novo destino para a canção nacional que é atualmente Património da Humanidade. O fado deu com os chanatos no salazar-fascismo e democratizou-se. Saiu das ruelas para largas avenidas e para o mundo. Agora a dona Amália já não teria hipótese de fazer birras nem males e caramunhas com exigências por que se sentia a maior, a diva. Atualmente existem uma caterva de divas que são machos e fêmeas… do fado. Atualmente o fado já não é só dos manguelas, dos pintas, dos morcões, dos chulos e das putas. O fado é de todos. Democratizou-se, sacudiu a desgraça, encostou-se a autores literários de alto gabarito. É mais português. Muito mais português que os plantéis dos clubes de futebol. Portugueses nas equipas dos clubes chamados grandes é coisa rara. Lá aparece um ou outro com jeitinho para nem sempre chutar enviesado ou para o sol e lua, para o céu. O céu da senhora da Fátima a abarrotar de euros e a lixar-nos com políticos de meia-tijela-quebrada, inúteis. Só úteis pelo que roubam… para eles, familiares e amigos dos bandos que constituem. Bandos a que chamam lobies. Isto está uma grande porra, na realidade existe uma profusa distribuição de riqueza mas só entre uns quantos. Riqueza que é roubada a milhões. Àqueles que vão ao futebol e o alimentam. Àqueles que gostam muito mais do fado da atualidade e se borrifaram para a desgraça e fatalidades aceites mansamente como em tempo de Salazar e Cerejeira (o grande cardeal-animal). Vai daí, que viva o futebol!

São três grandes clubes, Benfica, Porto e Sporting, que mobilizam milhões de desgraçados(as) com farta necessidade de alienação. Falar de política não resulta. O futebol é que está a dar. Até a Fátima anda a ficar lixada e suspira pelo salazarismo e o cerejeirismo abençoado por Papas que deram os braços aos fascistas portugueses e os vinham visitar, assim como à Fátima. O mundo mudou, Portugal também. Roma não. Vai a todas e continua a evangelizar a desgraça. Fá-lo, atualmente, à revelia deste Papa, o Francisco. Mas esse não vai estar vivo por muito mais tempo. É diferente, luta contra as seitas instaladas na igreja católica-apostólica-romana. São montanhas os bandos que o arrenegam com ares de santos mas tendo por patronos os diabos que oprimem, exploram e assassinam os povos do mundo. Grande Francisco. Que se lixe a vida se não a pudermos viver na plenitude!

Estávamos no futebol. Vejam bem as voltas saloias que este texto já deu. Provavelmente já ninguém chega a ler esta parte. Ficam taralhoucos com tantas voltas e reviravoltas. E queixam-se, de tonturas. Tonturas que também António Costa, agora primeiro-ministro sem favor mas sim legitimamente, anda a causar a Cavaco, a Passos, a Portas, à UE, aos que nos andaram e andam a roubar durante décadas e enriqueceram como não sabem explicar transparentemente. Chutaram e deram com potes repletos de ouro, casarões, joias, euros... Meteram golos sem saberem por que acertavam nas redes tecidas pelas máfias políticas-económico-financeiras que se formaram a partir de Abril de 1974. Redes que arrebanham tudo. E se roubam!

Por certo que já estou a escrever para o maneta ou para o mais e maior tradicional boneco das Caldas. Não houve pachorra para aqui chegarem, como o fazem durante os dias úteis da semana com o Expresso Curto. Desculpem lá qualquer-coisinha, vou terminar…

Agora por maneta. Esse tipo deve estar muito rico. Vai tudo para ele sempre que calha. Muito mais rico que Cavaco e outros desse jaez. O Cavaco das pantufas, o que saca em silêncio, tipo bufa. Mas cheira. E muito. As máfias compensam… a esses, dos bandos.

O que interessa de tudo isto é que o Porto venceu o Benfica. Os estrangeiros meteram golos… à falta de portugueses nas equipas. Os portugueses nas bancadas do estádio, nas suas casas, nos cafés, nos automóveis, nas retretes e outros locais menos recomendados, exultaram. No norte, os portistas, gritaram bibó Porto! Na mouraria lisboeta, por todo o Portugal, ex-colónias, pelo mundo, foram milhões que amaldiçoaram o Rui Vitória, mister das águias vermelhas. Em casa de muitos benfiquistas frustrados, quando lá chegaram, deram porrada nas mulheres, nos filhos e partiram a loiça toda. Foi golo trágico, mas foi golo. Hoje estão todos na ressaca. A alienação é sempre uma panaceia útil. Já dizia o outro: "felizes dos pobres de espírito".

Se chegaram aqui, se conseguiram ler todo este texto mais a luz que se apagou na Luz, como compilado da TSF, podem acreditar que são uns grandes necessitados de alienação. Fico feliz por ajudar.

Bom fim-de-semana e siga para a TSF. TSF que já foi uma grande rádio mas que faz já tempos que anda a minguar. O Baldaia anda a baldar-se e dirige aquilo como seja uma mercearia fina. O patrão obriga e as contas lá em casa são grandes. O mesmo sentem os profissionais que o são. Alguns deviam ir fazer consultas aos que já estão na reforma ou quase e deram toda a sabedoria, experiência, profissionalismo, amor e vida à rádio que em tempos mudou as rádios. Agora está a acontecer ao contrário, as que mudou estão a mudá-la. Mesmo assim, ainda é uma das poucas que escapam a despejar só esgoto e trastes no éter. Melhores dias virão se fizerem por isso.

Abra os olhos se fizer o favor. Essa coisa de fazer que está a ler de olhos fechados é tanga. Você estava era a dormir. Pois. O costume.

A seguir não vai ler o Expresso Curto do tio Balsemão, mas sim a luz que se apagou na Luz. Chame o eletricista. Que coisa! Que prosa inútil você conseguiu ler. Vá ao médico. Cure-se. Sorria. Isto está tudo difícil mas ainda respiramos. Já não é mau.

Bom fim-de-semana. Se conseguirem.

Redação PG / MM

Apagou-se a Luz. Porto ganhou, 2-1

O FC Porto deu a volta ao marcador. Primeiro marcou Mitroglou, mas depois Herrera e Aboubakar fizeram os golos dos azuis e brancos. Os "dragões" ficam a 3 pontos do Benfica no campeonato.

Ganhou quem marcou. O chavão futebolístico aplica-se na perfeição ao "Clássico" da Luz. O Benfica criou 10 oportunidades de golo, marcou um golo. O Porto criou 5 e marcou... dois.

Os "dragões" chegaram à 22ª jornada (supostamente) debilitados, vindos de uma derrota em casa com o Arouca, mas isso, ao que parece, só lhes afinou a pontaria. A entrada no jogo não foi muito fácil, e o Benfica marcou primeiro, por Mitroglou. Mas depois, ainda na primeira parte, o Porto empatou. Hector Herrera surgiu sozinho à entrada da área encarnada e disparou, rasteiro, batendo Júlio César.

Na segunda parte o Benfica viu o "filme" da primeira repetir-se, mas desta vez sem conseguir bater Casillas, que foi uma autêntica parede. O guarda-redes espanhol negou o golo a Gaitán com um mergulho extraordinário para a esquerda, perante o argentino isolado. Ora, vamos a mais uma verdade futebolística daquelas que se reptem mil vezes? Quem não marca sofre. E o Benfica sofreu.

Aboubakar deu o final que merecia a excelente combinação entre André André, Brahimi e ele próprio. Aboubakar apareceu dentro da área e rematou, de pé esquerdo, para o fundo da baliza de Júlio César. O Benfica até reagiu bem. Mas... lá estava Casillas. Sempre ele. Duas/três defesas decisivas e o marcador já não se mexeu mais.

Foi a 91ª vitória do Porto em "Clássicos" frente ao Benfica, em 234.

Aqui acompanhámos "tudo o que se passou" na Luz, ao minuto. (continua no original TSF)

Ricardo de Oliveira Duarte – TSF

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